41 | I Série - Número: 063 | 23 de Março de 2007
O Orador: — Sabe onde anda o Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social? Sabe onde anda a Sr. Ministro da Educação em relação às questões de formação?
O Sr. Afonso Candal (PS): — Para este debate?! Tinham mais que fazer!
O Orador: — É que essas questões são verdadeiramente essenciais e é pena que tenhamos um debate em que falta mais política social.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, faça favor de concluir.
O Orador: — Vou terminar, Sr. Presidente.
De facto, é pena que tenhamos este debate quando falta um dos elementos essenciais para discutir esta matéria, ou seja, o Governo. Ou será que temos um Governo que não se preocupa com esta matéria?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr.ª Deputada Hortense Martins, o Partido Ecologista «Os Verdes» cedeu-lhe tempo para poder responder. Tem a palavra, Sr.ª Deputada.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Ai não foi do Governo?!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Sr. Presidente, antes de mais queria agradecer o tempo que me foi concedida.
Vou mesmo começar pela última questão do Sr. Deputado Diogo Feio, que me perguntou por onde anda o Ministro da Economia, relacionando com a pergunta sobre se eu tenho cá estado ou não.
Sr. Deputado, eu tenho cá estado, provavelmente o Sr. Deputado é que tem andado distraído, porque o Ministro da Economia, neste momento, está em Castelo Branco e esteve em Castelo Branco.
Vozes do PSD: — Grande Ministro!
A Oradora: — Ele anda no chamado País real, no interior, a lançar um importante investimento na área das centrais de biomassa. Se isso nada representa para o Sr. Deputado, está tudo dito!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Escusava de ter ouvido esta!
A Oradora: — Também agradeço a pergunta colocada pelo Sr. Deputado Hugo Velosa que se relaciona com as SCUT e que também diz respeito às bancadas da direita. Se as SCUT também nada representam para o apoio ao investimento na óptica dos partidos da direita… Conheço muito bem os empresários daquela região e sei qual foi a importância deste investimento estrutural para o seu desenvolvimento, mas isso foi completamente menosprezado pelos senhores!
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Não conhece o estado de espírito!
A Oradora: — Além disso, relativamente à burocracia, consideramos que não está apenas em causa a questão da burocracia na criação de empresas mas também nos chamados custos de contexto. Esse problema já existe há muito tempo e está a ser atacado seriamente pelo Governo.
Portanto, agradeço os vossos comentários e, como o Sr. Deputado Diogo Feio disse, estamos na óptica e num ciclo de crescimento. Assim continuemos.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.
O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Não nos cansaremos de sublinhar que a oposição faz milagres, como demonstra o novo afã e amor do PSD pelas pequenas e médias empresas, reproduzindo, aliás, um também conhecido «filme» do PS.
Corria o último ano do século XX quando, em debate nesta Assembleia da República sobre o Estado da Nação, no dia 24 de Junho de 1999, o Deputado Durão Barroso, então presidente do PSD na oposição, afirmou: «o apoio às pequenas e médias empresas será uma prioridade política. Farei aprovar, nos primeiros 100 dias de governo, um programa específico de apoio às pequenas e médias empresas. E, entre