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24 | I Série - Número: 079 | 4 de Maio de 2007

de uma estratégia e de uma equipa, que fracassaram, continue a tutelar qualquer solução e qualquer maioria política que os cidadãos de Lisboa escolherem democraticamente.
O PSD quer ter a certeza de que se os lisboetas escolherem uma nova maioria e um novo projecto para a cidade, esse programa e esse projecto fiquem reféns de uma maioria da Assembleia Municipal escolhida para suportar outro programa e outra maioria já derrotados.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado!

O Orador: — O PSD quer que se mantenha a instabilidade política na Câmara de Lisboa, com uma velha maioria da Assembleia Municipal a obstaculizar um novo governo da cidade.
Confirma-se, assim, o que já sabemos: o PSD é o partido da instabilidade política. O PSD foi o partido da instabilidade política no governo de Portugal, entre 2002 e 2005. O PSD é o partido da instabilidade política na Região Autónoma da Madeira. O PSD tem sido o partido da mais grave instabilidade política na Câmara de Lisboa desde a instauração da democracia. O PSD quer continuar a ser o partido da instabilidade política na Câmara de Lisboa.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem lembrado!

O Orador: — A solução que o Dr. Marques Mendes propõe é uma solução que não garante a estabilidade política em Lisboa. Essa solução é, além de mais, uma solução que mostra desconfiança e receio em relação ao veredicto dos cidadãos de Lisboa. É uma solução ética e democraticamente inaceitável. O PSD tem-se queixado do vírus de «claustrofobia democrática». Vemos agora que esse vírus se alojou verdadeiramente nas profundezas do PSD!… É por isso que dizemos: a declaração do líder do PSD revela falta de coerência e de coragem políticas para levar a clarificação até ao fim.
Não deve haver apenas eleições para a Câmara. Devem realizar-se também eleições para a Assembleia Municipal.
Não é altura para o PSD se agarrar aos lugares que detém na Assembleia Municipal de Lisboa. Só com eleições para a Câmara e para a Assembleia Municipal será possível obter um mandato claro e legitimado capaz de garantir uma solução estável em Lisboa.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Orador: — Sr. Presidente, o PSD não esteve à altura da confiança que os lisboetas nele depositaram nas eleições municipais de Outubro de 2005.
Ao fim de um ano e meio, o PSD deixa a Câmara de Lisboa numa grave situação de crise política, de descrédito, degradação e ruptura financeira.
O Partido Socialista endereça, a partir daqui, uma mensagem aos lisboetas e aos portugueses em geral.
Estaremos em condições de construir uma solução política credível e capaz de resolver os problemas de Lisboa. A situação da Câmara Municipal de Lisboa não é uma fatalidade. Com dinamismo e um novo projecto, é possível devolver aos lisboetas e a Lisboa uma Câmara Municipal prestigiada, financeiramente saneada e líder na inovação e na modernidade.
O Partido Socialista cá estará para cumprir a sua obrigação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para pedir esclarecimentos, inscreveram-se os Srs. Deputados Miguel Macedo e António Filipe.
Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Vitalino Canas, o Sr. Deputado teve oportunidade de falar de Oeiras não só quando há pouco intervim da tribuna mas também agora quando interveio e desperdiçou as duas oportunidades. Vou dar-lhe uma terceira oportunidade de falar de Oeiras.
Gostava que o Sr. Deputado Vitalino Canas dissesse aqui, em nome do Partido Socialista, o que é que vos inibe de falar sobre a situação de Oeiras, o que é que vos inibe de falar sobre a aliança, a coligação, que existe entre o Partido Socialista e a maioria na Câmara de Oeiras, que interesses impedem o Deputado Vitalino Canas e os Deputados do Partido Socialista de falarem sobre Oeiras, o que é que o PrimeiroMinistro e Secretário-Geral do Partido Socialista tem a dizer sobre Oeiras.
Era esta terceira oportunidade que não queria deixar de lhe dar.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Vitalino Canas.