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25 | I Série - Número: 086 | 24 de Maio de 2007

consequências maléficas que daí advêm para os portugueses. Tenha consciência de que ou arrepia caminho e coloca o seu Ministério a funcionar, ou ficará evidentemente conhecido para a história como o campeão do desemprego.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.

O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Tiago, se o Sr. Deputado tivesse ouvido com um pouco mais de atenção a minha intervenção e estivesse mais disponível para discutir as questões e menos para debitar o discurso que já tinha preparado, talvez pudéssemos ter aqui uma discussão um pouco mais séria e profunda.

O Sr. Francisco Lopes (PCP): — Desta vez, não se esqueça da Quimonda!

O Orador: — Sr. Deputado, a questão fundamental que os senhores não querem ouvir, discutir ou ter em consideração é que a primeira e a mais eficaz forma de combater o desemprego é estimular o crescimento económico.

Vozes do PCP: — É verdade! Muito bem!

O Orador: — Não há alternativa mais eficaz para a criação de emprego. E o que nenhuma das bancadas é capaz de reconhecer é que o índice de crescimento económico está a recuperar, coisa que não acontecia há muitos anos, em Portugal.

Vozes do PCP: — Oh!

O Orador: — Um crescimento de 2,1% — um crescimento acima dos 2% —, era algo que, infelizmente, a nossa economia já não conhecia há cinco anos.

Aplausos do PS.

Se o Sr. Deputado quisesse, de facto, discutir as políticas de emprego, discutiria não afirmações genéricas mas as políticas de emprego para os jovens existentes no nosso país, que, como referi na minha intervenção inicial, são bem claras. Temos reforçado — e de forma significativa — os principais instrumentos de política activa de emprego, como, por exemplo, os estágios profissionais, que cobrem 21 000 jovens, ou seja, mais 25% do que cobriam há poucos anos, e os incentivos fiscais e financeiros à criação de emprego.
Sr. Deputado Diogo Feio, há hoje mais de 70 000 activos que são apoiados por uma diminuição ou isenção da taxa social única para a criação do primeiro emprego e para os desempregados de longa duração, apoio que, aliás, foi aumentado por este Governo.

Vozes do CDS-PP: — Grandes resultados!…

O Orador: — O Sr. Deputado não pode dizer que não há medidas porque não as conhece, e, depois, dizer que elas não dão resultados.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Não, não!

O Orador: — O Sr. Deputado não sabia era da existência dessas medidas, nem sabia que elas tinham sido reforçadas.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sabia, sabia!

O Orador: — São essas as políticas de maior intervenção na aproximação dos jovens e dos desempregados às empresas, de maior investimento na qualificação. São essas as políticas que, do lado das políticas activas, podem ajudar aquilo que tem de ser a economia a desenvolver, que é a capacidade de criação de emprego.
Quando me perguntam, nomeadamente o Sr. Deputado Diogo Feio, se estou satisfeito com o ritmo do investimento estrangeiro, obviamente respondo que gostaria que fosse muito mais. Estou apenas satisfeito com o facto de ele estar a crescer muito mais do que cresceu nos últimos três anos, altura em que