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76 | I Série - Número: 017 | 24 de Novembro de 2007

E um PCP que faz um esforço de modernização (e é um elogio), mas que continua com as mesmas receitas estatistas de sempre… Já não é a velha «cassete», agora será mais CD ou DVD, às vezes mesmo, Sr. Deputado Honório Novo, é HD, uma coisa moderna, sendo que o HD, no vosso caso, não é alta definição, é sempre historicamente datado, porque não evoluiu muito depois disso!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Essa não teve piada nenhuma!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas o que é certo…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Mas o que é certo, dizia, é que houve convergência. Houve convergência, sobretudo, na questão da Estradas de Portugal. E essa questão surge não por este Governo ser liberal ou não mas tão-só por este Governo ser demissionista.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vou mesmo concluir, Sr. Presidente.
É demissionista, porque abandona as suas responsabilidades na Estradas de Portugal, como abandona a sua responsabilidade social.
O CDS demonstrou aqui que há outro caminho, um caminho em que a consolidação orçamental se faz pela despesa e não pela receita, um caminho em que a economia se relança com menos impostos, um caminho de esperança e de oportunidades que queremos percorrer, em nome de Portugal e dos portugueses.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Quero deixar um registo inicial de ironia para assinalar como o Deputado Telmo Correia fala de toda a gente e só esquece o antigo Deputado Daniel Campelo.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Que injustiça!…

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Ontem, o Ministro das Finanças tirou as dúvidas aos que ainda acreditavam, fez certamente abrir as bocas de espanto até aos mais firmes militantes socialistas! E o que disse, afinal, Teixeira dos Santos? Disse que «tem um único objectivo e compromisso, o de reduzir o défice e consolidar as contas públicas» (fim de citação).
Quem alguma vez tivesse tido dúvidas de que, para o Ministro das Finanças e para este Governo, o único objectivo de governação tem sido este, desengane-se finalmente.
Fica assim claro que, na acção do Governo como no Orçamento que vamos votar, o crescimento económico, o investimento e a convergência com a média comunitária são questões secundárias.
Fica assim claro, na acção do Governo tal como no Orçamento que vamos rejeitar, que o desemprego crescente e galopante, que o flagelo da pobreza visível e encapotada e que o drama da exclusão social, são questões menores, que nem sequer tiram o sono aos homens e às mulheres deste Governo.
Fica assim claro que, para o Governo e em nome do défice orçamental, vale tudo. Vale mesmo tudo! Que interessa ao País que o Governo diga que leva a Bruxelas as continhas todas da Estradas de Portugal se os portugueses não podem saber o que lá se passa?