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21 | I Série - Número: 019 | 30 de Novembro de 2007

Portanto, foi preciso cindir as duas lógicas e criar um indexante de apoios sociais, que foi aprovado aqui, nesta Assembleia, no final de 2006. Agora, toda a gente acha bem, mas há apenas um problema: ninguém se tinha lembrado antes!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não!»

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — É daquelas reformas que este Governo e esta maioria têm feito e que, depois de feitas, toda a gente acha bem, mas que antes ninguém tinha tido a coragem de as empreender.

Aplausos do PS.

Sei que incomoda o PCP e o BE esta ideia de o Governo honrar os compromissos que assume;»

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Quais? Diga quais!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — » esta ideia de o Governo levar a sério os termos dos acordos que celebra.
Segundo o acordo celebrado em Dezembro de 2006, na discussão dos valores para 2008, assim como na discussão dos valores para 2010 — que são aqueles que não se encontram previamente fixados — , o Governo apresentará a sua proposta, em primeiro lugar, à Comissão Permanente de Concertação Social, cuja reunião, como já lembrou aqui o Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, está marcada.
Portanto, será à Comissão Permanente de Concertação Social que o Governo apresentará a sua proposta, que, como o Sr. Primeiro-Ministro e o Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social já tornaram claro, será bem acima da inflação prevista para 2008 — e nós cumprimos os nossos compromissos! O nosso compromisso em Dezembro de 2006 foi o de ouvir os parceiros sociais antes da fixação desse valor. E, por muito que custe ao PCP e ao Bloco de Esquerda, será isso que nós honraremos.
Agora, de uma coisa podem todos os Srs. Deputados estar certos, em particular o Sr. Deputado Arménio Santos: é que o valor do salário mínimo nacional é definido pelo Governo e o Governo honrará escrupulosamente o seu próprio compromisso que representa este aumento histórico do salário mínimo nacional, que tinha aumentado, em regra, 2,5% na anterior maioria e que aumenta muito acima disto com as nossas políticas, porque a nossa política é uma nova política social centrada no combate à pobreza onde ela existe,»

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso foi o que disse o Dr. Mário Soares»!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — » seja nos idosos, seja nos trabalhadores pior remunerados. É esta política que vamos continuar a seguir.

Aplausos do PS.

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra para pedir esclarecimentos.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, ouvi-o e acho que é normal que invoque esse acordo histórico que foi protagonizado pelo Governo do Partido Socialista, mas seria bom lembrar-lhe que o Partido Social-Democrata, quando está na oposição, é coerente com o respeito pelos valores da participação e da concertação social, mesmo que se trate de um governo do PS ou do PS em coligação com outra força política, mas o inverso já não é verdadeiro. VV. Ex.as, sempre que o PSD está no poder, procuram torpedear os normais mecanismos de funcionamento da concertação social e o PSD