O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

54 | I Série - Número: 021 | 6 de Dezembro de 2007

Mas diria mais: o PSD, por seu lado, escolheu para o representar neste debate um respeitável membro da bancada, o Sr. Deputado Guilherme Silva — e abro um parêntesis para dizer que, agora, a bancada do PSD está a ensaiar a tçcnica do «bate e foge«, mas nem digo mais sobre a matçria» — , oriundo da Região Autónoma da Madeira.
Ora, a notícia dos jornais de hoje é a de que o Dr. Alberto João Jardim cancelou a compra, por parte do governo regional, das edições de vários jornais do Continente para não «incomodarem» a Madeira e, em simultâneo, transfere mais de 5 milhões de euros para um jornal local, dirigido por um Deputado do partido.

Aplausos do PS.

Mas há mais: na Assembleia da República, o Partido Socialista dá o exemplo, ao alterar o Regimento desta Casa para conferir mais direitos à oposição. E o que fez o governo da Madeira? Alterou o Regimento da respectiva Assembleia Legislativa, para diminuir os direitos da oposição! Srs. Deputados do PSD, é preciso ter autoridade moral, é preciso autoridade no que se diz para se criticar os outros!! Isto é que tem de ficar bem registado aqui! De facto, a Madeira é um «jardim» em termos dos exemplos que podíamos apontar nesta matéria.
É pena que o Sr. Deputado Guilherme Silva, quando subiu à tribuna para fazer a sua intervenção, tendo tido oportunidade de falar de democracia, de factos que, alegadamente, relevam da falta de democracia, não tenha usado também exemplos da Madeira para os podermos partilhar. Ficou pelos exemplos do Continente»!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Srs. Deputados, o Partido Socialista não gosta de entrar por este caminho, mas não nos deixam outra alternativa que não seja, em situações concretas, ter de «chamar os bois»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sim», os boys!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — » pelos seus nomes«» Esta é a minha forma de falar, é o regionalismo, é uma brincadeira. Gosto imenso de falar como açoriano.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Isso não ofende»!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Ainda bem que entendem.
Como estava a dizer, o Partido Socialista não gosta de entrar por esse tipo de ataque, de política baixa,»

O Sr. António Filipe (PCP): — Foi o que fez até aqui!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — » mas não deixará de o fazer sempre que for aqui utilizado esse tipo de argumentos, porque é com essa espada que batalhamos e não com outra. Não nos vamos armar em defensores da teoria democrática, pois, quando os ataques são de baixo nível, é com baixo nível que atacamos! As armas são iguais, Srs. Deputados!

Aplausos do PS.

Protestos do PCP.

Não faltam exemplos daquilo que tem sido feito pelo Partido Socialista e por este Governo desde que tomou posse, quer no que se refere à alteração do Regimento da Assembleia da República quer em termos da democracia participativa que tem usado nesta Casa. Dos diplomas aprovados, mais de 83% foram-no sempre com o apoio de outro grupo parlamentar e apenas 13% só com a maioria do Partido Socialista.