73 | I Série - Número: 023 | 10 de Dezembro de 2007
A Sr.ª Helena Terra (PS): — E o senhor também já esteve!
O Sr. Ramos Preto (PS): — Sr. Deputado, é claro que as autarquias têm as suas competências salvaguardadas. Isto é de meridiana clareza! Portanto, o que o decreto-lei estabelece, de forma clara e inequívoca, é: ao Governo o que é do Governo e às câmaras o que é das câmaras!! Quanto à nossa apreciação do decreto-lei, Sr. Presidente, ela é muitíssimo positiva, como deve compreender.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Que surpresa!
O Sr. Ramos Preto (PS): — Cumpre o estabelecido no artigo 12.º do Programa do XII Governo Constitucional, que reconheceu ser essencial promover a simplificação da legislação e dos procedimentos em áreas centrais à actividade das empresas. Isto é importantíssimo para o Governo. É uma medida legislativa de combate à burocracia. Se tivéssemos mais tempo, poderíamos discutir esta matéria. Portanto, trata-se de uma grande medida legislativa de combate á burocracia»
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Para quem?
O Sr. Ramos Preto (PS): — » que potencia a capacidade de Portugal para atrair investimentos e projectos nacionais e estrangeiros de qualidade que, se calhar, os senhores não querem que aconteçam, mas que nós queremos que aconteçam.
Depois, a concretização destes projectos tem também um efeito multiplicador no crescimento económico e no emprego.
Por isso entendemos que é bom que tenha sido estabelecido um procedimento capaz de rapidamente identificar os projectos que são projectos de excelência e os que não o são»
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Querem é vender o País a retalho!
O Sr. Ramos Preto (PS): — » e tambçm que, obtida essa classificação, o Governo depois, em estreita colaboração e cooperação com as autarquias territorialmente competentes, se comprometa a assegurar também uma tramitação célere dos procedimentos autorizativos, contrariamente ao que acontece hoje, em que um projecto desta dimensão às vezes demora seis ou sete anos a ser aprovado e às tantas o investidor já não está em Portugal.
Por outro lado, ao criar-se a figura do interlocutor único, também se estabiliza aqui uma relação perfeita com o investidor.
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sobre áreas protegidas, nada!
O Sr. Ramos Preto (PS): — Por isso, Sr. Presidente, porque as soluções propostas para os projectos PIN+ apostam no ambiente também como factor competitivo, asseguram uma análise integrada dos aspectos ambientais, dos aspectos territoriais, dos aspectos económicos,»
O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Ora aí está: vêem o ambiente como factor de investimento!
O Sr. Ramos Preto (PS): — » dos aspectos sociais, por forma a encontrar soluções óptimas de desenvolvimento sustentável, por tudo isto fazemos uma apreciação positiva do presente decreto-lei e rejeitamos as propostas do PCP, de suspensão do diploma. Fazemo-lo porque não vemos qualquer vantagem, como referi, na proposta do PCP.
O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — O projecto ç «espectacularmente ambiental«»! Tem campos de golfe»