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22 | I Série - Número: 026 | 14 de Dezembro de 2007

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — … da qual teve conhecimento.
Aliás, a seguir, até teve reuniões em que disse, por exemplo, que não pagaria nada destes trabalhos pelo Fundo Florestal Permanente, porque este era exclusivamente para usar no combate aos incêndios. Porém, quando falámos de combate aos incêndios, também verificámos que o Fundo Florestal Permanente não é, efectivamente, usado para isso, mas esta já é outra história, para outro momento em que a abordaremos.

O Sr. Jorge Almeida (PS): — Auditoria!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Portanto, Sr. Deputado Carlos Poço, efectivamente, o que está aqui em causa é uma total irresponsabilidade, da parte do Estado, quer no pagamento daquilo que deve, quer na assunção, por parte do Ministro, das responsabilidades que lhe são cometidas.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Madeira Lopes.

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Lisboa engalanou-se hoje para receber, no Mosteiro dos Jerónimos, a cerimónia da assinatura do novo Tratado Europeu.
Espalharam-se pela capital referências ao Tratado e aos 27 Estados-membros, em rosas multicolores translúcidas.
Garantiu-se uma vasta operação de cobertura mediática, que começou nos últimos dias, abarcando os mais pequenos pormenores da cerimónia, desde o eléctrico que transportou os Chefes de Estado europeus até aos trabalhos da construção do palco, ao programa musical e ao almoço.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Um circo!

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Franquearam-se os transportes públicos e a entrada nos museus, com acesso gratuito todo o dia; publicou-se e distribuiu-se uma brochura, em todos os grandes jornais, e procurou até dar-se uma imagem de preocupação ambiental, com a compensação do carbono emitido nas deslocações de avião dos líderes europeus pela plantação de árvores autóctones no Parque Nacional da Peneda-Gerês para sequestro de carbono, mesmo que não exista qualquer plano de reflorestação ou mesmo que não fosse esta a altura ou a prioridade para aquela área protegida.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Só show off!

O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Enfim, o Governo esforçou-se por criar em Lisboa um ambiente de festa e celebração, montando uma grande operação de charme e folclore, esbanjando-se dinheiro, para colocar em cena a primeira grande acção de campanha pró-Tratado de Lisboa.
Ontem, Os Verdes, durante a reunião de auscultação dos partidos da oposição com representação parlamentar para a preparação da próxima reunião do Conselho Europeu, deram os parabéns ao Sr. PrimeiroMinistro, por ter alcançado aquele que foi o maior objectivo escolhido pela Presidência Portuguesa da União Europeia: a assinatura do novo Tratado.
Hoje, Os Verdes dão os pêsames aos portugueses e aos restantes europeus, exactamente pelo mesmo facto.

Protestos de Deputados do PS.

É que o facto de o Tratado envergar o nome de Lisboa, à semelhança da Estratégia e da Agenda que, em 2000, também ganharam o mesmo nome, não faz dele, necessariamente, algo de positivo para Portugal ou para os portugueses.
Já a Estratégia de Lisboa foi apresentada bem vestida de objectivos nobres e positivos, como o eram o pleno emprego, a redução da pobreza e das desigualdades, assentes nos pilares de uma sociedade