26 | I Série - Número: 034 | 12 de Janeiro de 2008
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — É suposto o Governo conhecer o relatório que vem do próprio Governo… De qualquer forma, far-se-á a distribuição.
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social também pediu a palavra. Para que efeito?
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — Sr. Presidente, para interpelar a Mesa e para colocar a informação nos seus devidos termos.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Deputado Pedro Duarte, como é do conhecimento público, a iniciativa Novas Oportunidades tem duas dimensões:…
O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Ahhh!…
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — … uma dimensão de alteração e de melhoria da formação inicial dos jovens…
O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Estamos de acordo!
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — … e uma outra dimensão que se refere à iniciativa de requalificação dos adultos. Foi essa que hoje trouxemos a debate…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não foi, não!
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — … e é essa que está na base da informação que forneci e da intervenção que proferi.
Portanto, quando me refiro à valorização do esforço…
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Ministro, está desviar-se da interpelação.
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — Não me estou a desviar, Sr. Presidente. Estou apenas a concluir a informação.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar.
O Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: — Concluirei dizendo que os números da adesão à iniciativa Novas Oportunidades a que fiz referência dizem respeito à adesão de adultos às iniciativas que estão preparadas para responder, nos Centros Novas Oportunidades, às necessidades de requalificação e não a qualquer outra iniciativa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Tiago.
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, o tempo é escasso, pelo que colocarei quatro questões breves.
Entre 2005 e 2007, foram perdidos 115 000 postos de trabalho de alta qualificação. Cresceu em 72 000 o número de postos de trabalho de baixa qualificação e, como tal, também de baixos salários ou de mão-de-obra barata. Como é que conjuga este estímulo ao trabalho de baixa qualificação com esta «febre» do Governo, que surgiu de repente, pela qualificação dos portugueses?
A Sr.ª Maria José Gambôa (PS): — É exactamente por causa disso!
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Uma outra pergunta, Sr. Ministro, tem a ver com o facto de o financiamento dos centros ser feito em função da quantidade de certificação, do volume de certificações. Não digo que isto subverta os objectivos da iniciativa, mas gostaria de saber como é que se garante que não subverte.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem! Boa pergunta!
O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Como é que o Ministério está em condição de garantir que não subverte os