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20 | I Série - Número: 040 | 26 de Janeiro de 2008

muito mais racional.
A nossa aposta é no reforço da competitividade deste sector, através, por exemplo, da aquicultura, cuja produção queremos triplicar no nosso país — aliás, é bem claro o empenhamento do Governo, através de um grande investimento que está a desenvolver e que, aliás, já está em curso, de modo a, no final do quadro, triplicarmos a produção da aquicultura no País.
Por outro lado, queremos aumentar a coesão económica e social das comunidades piscatórias ribeirinhas.
Por isso, temos um conjunto de medidas e verbas alocadas a este eixo, no sentido de reforçar essa coesão social e económica.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular uma pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, registo que, há pouco, não respondeu a quase nenhuma das perguntas que lhe fiz, nomeadamente a uma delas, extremamente importante para o esclarecimento dos agricultores, sobre qual o valor da verba de RPU que o Ministério tem, vinda da União Europeia, e que não pagou aos agricultores.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Ministro, questiono-o agora sobre um sector que tem estado muito em voga: a produção de leite. Nos últimos 20 anos, o sector leiteiro teve um forte incremento no que diz respeito à indústria, destruindo, muitas vezes e na maior parte dos casos, a produção do leite.
Estamos, hoje, com dificuldades imensas no que diz respeito aos produtores de leite, primeiro, devido ao preço que é pago aos agricultores pelo litro de leite, segundo, pelo custo que tem a aquisição de animais para produção de leite e, por fim, pelo custo das respectivas rações.
Sr. Ministro, qual é a medida que pensa tomar, em termos de política agrícola e pecuária, para apoio ao sector leiteiro?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Uma outra questão, Sr. Ministro, tem a ver com o seguinte: ontem, um Deputado do seu partido, o Sr. Deputado Jorge Almeida, fez aqui um grande elogio à OCM do vinho, que é altamente prejudicial para o sector, em Portugal. Primeiro, foram dadas, e mantêm-se, as ajudas à adição de sacarose, à chaptalização, no caso dos vinhos do norte, mas não se deu essa ajuda para a adição ao mosto concentrado, que é utilizado nos países do sul para a valorização do vinho. Sr. Ministro, isto vem favorecer exclusivamente os produtores do norte da Europa.
Dá-se apoio ao arranque da vinha mas retira-se o apoio à produção do álcool de boca e o que vai suceder é que os países que produziam este álcool vão passar a produzir vinho. Pensamos que estes, sim, deveriam ser obrigados ao arranque, mas não é isso que vai acontecer. Vão aumentar os preços da aguardente para a produção, sobretudo, de vinho do Porto.
Sr. Ministro, em concreto, para o caso quer do leite quer do vinho, e até poderia dizer em geral, diga-nos uma medida que seja que o senhor tenha tomado de apoio à actividade agrícola, à actividade vinícola e à pecuária portuguesas. Dê-nos uma medida do seu Governo de apoio a estas actividades. Não quero muito, Sr.
Ministro, quero apenas uma! Já agora, o Sr. Ministro referiu que no dia 1 de Janeiro de 2007 tinha dito que pagaria verbas do QREN.
Agora vem dizer que é dos PDR, mas os PDR são verbas do QREN.
Diga-me, também, Sr. Ministro, porque é extremamente importante — V. Ex.ª, ainda por cima, costuma dizer que é uma das fileiras do sector —, qual o ponto da situação e quando vão começar as candidaturas para o Eixo 1, Medida 1.3 do PDR, no que diz respeito à promoção da competitividade florestal. Quando é que vão começar as candidaturas? Os produtores florestais precisam de saber esta informação.