21 | I Série - Número: 040 | 26 de Janeiro de 2008
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Agradeço a todos que tenham atenção aos tempos. Tratando-se de um debate agrícola, atenção às quotas! O melhor é a auto-limitação, porque depois há multas e não há indemnizações compensatórias que vos valham.
Risos.
Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, a reforma do vinho foi discutida no Parlamento europeu esta semana e, imagine só, recebeu o elogio do Partido Popular Europeu.
Aplausos do PS.
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Mas isto é o Parlamento português!
O Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas: — Em segundo lugar, Sr. Deputado, a reforma negociada e concluída pela presidência portuguesa dá para o sector do vinho nacional, em média, 71 milhões de euros por ano, quando no período anterior, e face à reforma anterior, as ajudas no âmbito do FEOGA-Garantia para o sector do vinho eram de 64 milhões de euros.
Mais, Sr. Deputado, convém estudar bem o compromisso da presidência portuguesa, porque a reforma do vinho, para lá de nos dar mais algum apoio financeiro, dá-nos a possibilidade de continuarmos a apoiar, durante quatro anos, todas as medidas de gestão de mercado, inclusive o álcool de boca, que o senhor acabou de referir, a destilação, as prestações vínicas e a continuação da reestruturação da vinha portuguesa para vinha de qualidade. Além disso, há uma nova medida: o arranque.
Mas a reforma do vinho dá uma outra coisa, Sr. Deputado. Dá, pela primeira vez, ao Governo português a possibilidade de defender as suas denominações de origem, o que significa que os nossos vinhos continuam protegidos e ao mesmo tempo temos margem de manobra para fazer uma melhor política para o sector vitivinícola nacional. E posso dizer-lhe, Sr. Deputado, que já recebi contactos das CVR do País e todas agradeceram a reforma feita em Bruxelas.
O sector do vinho é prioritário no PDR. O sector do vinho português está em mudança, está a ser reconvertido e está a ganhar prémios. O sector do vinho português tem apenas um desafio: queremos continuar a gastar dinheiro em medidas, porque o mercado está desequilibrado e ainda temos alguns vinhos de má qualidade, ou queremos apostar cada vez mais em vinhos de qualidade e na exportação? A resposta dada pela reforma que o Governo negociou em Bruxelas é que vamos produzir mais e melhor e vamos exportar mais.
Esta é a reforma que me orgulho de ter feito em nome do Governo português.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, se eu estivesse na situação de V. Ex.ª não estaria tão orgulhoso da reforma da OCM do vinho que fez.
Devo também dizer-lhe que não estamos no Parlamento europeu, estamos na Assembleia da República de Portugal»
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — » e ç aqui e sobre a agricultura portuguesa que quero que o Sr.