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29 | I Série - Número: 051 | 22 de Fevereiro de 2008


vigência deste Governo? Desses cinco novos activos, quatro beneficiam do tal emprego líquido e um não encontra emprego e vai para o desemprego.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Ainda vai defender que o desemprego baixou!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Ou seja, tem havido um aumento líquido de postos de trabalho, ainda que não seja suficiente.
É falsa aquela falácia do PSD quando diz que uma empresa com 100 trabalhadores que despede 10 e contrata outros 10, criando assim 10 postos de trabalho.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Nestes 11 últimos trimestres, há mais 93 800 pessoas em Portugal com emprego do que havia quando este Governo tomou posse.

Aplausos do PS.

Entre os postos de trabalho que desaparecem e os postos de trabalho novos, há um saldo positivo de 93 800 que equivalem a quatro novas pessoas empregadas/hora nos últimos 11 trimestres.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Já agora, devo dizer que desses 93 800 cerca de metade, ou seja 40 500, estão na região Norte. Ou seja, só o Norte consegue ser responsável, como há pouco dizia o Sr. Ministro, com a sua dinâmica, pela criação de postos de trabalho, em termos líquidos.
Uma última nota para desmistificar o que se tem dito.
Evidentemente, estas matérias não servem de consolo a quem ainda não encontrou emprego — e quem já encontrou emprego sabe que isto é verdade. Sr. Ministro, as perspectivas mesmo de quem está desempregado serão hoje as mesmas do que eram há três anos ou podem ser diferentes? Diz-se: cada vez há mais desempregados jovens com elevadas qualificações. É verdade. Nestes tais 11 trimestres, mais houve mais 25 500. É verdade! Mas também é verdade que há cada vez mais jovens com altas qualificações empregados. A saber: 66 600.

O Sr. João Oliveira (PCP): — São caixas de supermercados!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Ou seja, a verdade é que o País tem hoje muito mais jovens com altas qualificações, dos quais mais de dois terços encontram, com facilidade, colocação no mercado de trabalho.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Com facilidade?!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Mais uma vez, digo que isto não serve de consolo para quem ainda está em situação de desemprego. Mas, Sr. Ministro, quais são as perspectivas que podem ser dadas a essas pessoas?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro das Finanças, peço imensa desculpa por o relembrar que o Parlamento não é um estúdio de televisão. Aqui, ao contrário dos estúdios de televisão, não há temas pré-combinados sobre os quais o Sr. Ministro responde e não respondendo aos outros.