32 | I Série - Número: 060 | 15 de Março de 2008
A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Perguntas difíceis!…
O Sr. Presidente: — Sr. Ministro da Economia e da Inovação, tem a palavra para responder.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — A estas perguntas ele responde!
O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — O regresso do investimento é, de facto, o traço marcante da nossa economia, em 2007 e 2008.
Depois da queda, de mais de 10%, no investimento, em 2002, 2003 e 2004, regressou a confiança…
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Já disse isso umas doze vezes, hoje!
O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — … e, com esta, regressou o investimento.
Porque é que desapareceu a confiança em 2002, 2003 e 2004? Porque não havia uma política consistente em termos económicos e em termos financeiros.
Recordo que, nessa altura, Portugal era o país de toda a União Europeia que tinha o maior deficit orçamental. Durante aqueles anos, conseguimos obter o pior registo, em termos de crescimento, exportações, investimento e finanças públicas, de toda a União Europeia.
Felizmente, a situação mudou.
No que diz respeito ao investimento, existe uma política clara, que aposta nas PME, nas grandes empresas, na selectividade e na criação de um bom ambiente de negócios.
No que diz respeito às PME, o quadro principal é o QREN, através do PO Competitividade e dos programas regionais.
As PME têm cativado, em todos os programas que dizem respeito às empresas, 60% do total. É um compromisso com Bruxelas que 60% dos fundos para as empresas revertam a favor das PME, tudo num quadro de maior selectividade.
O QREN é uma das últimas oportunidades, se não a última, que temos para proceder a uma reforma estrutural da nossa economia no sentido de maior competitividade. Não podemos repetir os erros do passado, em que não houve selectividade suficiente, e, portanto, o QREN tem o duplo objectivo de obter mais fundos para as PME com mais selectividade.
No que diz respeito às grandes empresas, o principal instrumento são os PIN e os PIN+. Já aqui foi visto o aumento verdadeiramente exponencial dos montantes contratados em 2005 e, sobretudo, em 2006 e 2007.
Em 2008, as perspectivas continuam positivas.
Finalmente, a criação de um bom ambiente de negócios. Em todos os rankings internacionais, Portugal tem subido marcadamente no que diz respeito à criação de um ambiente favorável às empresas, para que elas invistam mais.
Mas, mais do que os rankings internacionais, interessam os números. A melhor prova de que existe um melhor clima para as nossas empresas fazerem negócios, investirem, criarem empregos é o próprio crescimento do investimento, que cresceu mais neste ano de 2007 do que nos três anos dos anteriores governos.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Laranjeiro.
O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Sr. Presidente, o silêncio do PSD durante a intervenção do Sr. Ministro resulta das respostas que aqui nos trouxe, nomeadamente sobre a importância do QREN e dos investimentos futuros.
Risos do PCP.