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23 | I Série - Número: 066 | 3 de Abril de 2008


A sua intervenção, Sr. Deputado, suscitou-me duas dúvidas. Primeira: o Sr. Deputado não se refere nem à SIC nem à TVI, e suspeito que nestes canais a situação deve ser ainda pior (o relatório da ERC, no fim deste mês, se não me engano, vai trazer qualquer coisa sobre os canais privados). Como não falou sobre isso, pergunto-lhe: não dá importância a isto no que toca aos canais privados? Não quer cá chamar também os directores de informação dos canais privados em função dos resultados que o relatório apresentar?

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Segunda questão: o Sr. Deputado não se pronunciou sobre o mais importante — o comentário.
O comentário não é só expressão política do rotativismo — não lhe chamarei bloco central mas, sim, rotativismo (ora um, ora outro): no comentário político ora está o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, ora está Pacheco Pereira… Aliás, António Vitorino (Pacheco Pereira é nas outras estações, porque também há rotativismo nas outras estações de televisão). E isto tem um problema grave, Sr. Deputado: é que não são só os outros partidos fora do rotativismo que estão excluídos, são escandalosamente excluídos os agentes da sociedade civil — os activistas sociais, os activistas sindicais, os pensadores independentes, os actores da sociedade civil, que não têm praticamente presença no comentário.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Vou terminar, Sr. Presidente.
E aí não se pode dizer que estamos a «forçar a nota», porque é a conclusão que a própria ERC também tira.
Gostava de saber se o Sr. Deputado dá mais importância ao noticiário do que ao comentário ou se não se referiu a este por achar que no comentário político as coisas estão bem, visto o seu partido, aí, não ser, de facto, prejudicado.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Mendes Bota.

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Rosas, em primeiro lugar, no comentário político, o PSD não se considera beneficiado em nada, apesar de, como já disse há pouco, haver alguns ditos militantes do PSD que fazem comentário político.

Vozes do BE: — «Ditos»?!…

O Sr. António Filipe (PCP): — E são «benditos» ou «malditos»?

O Sr. Mendes Bota (PSD): — São militantes, mas são uns militantes muito especiais! Em segundo lugar, quero dizer-lhe que referi no meu discurso que a situação é grave e má em todos os canais, porém o canal do serviço público de televisão tem uma responsabilidade muito maior.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Esse canal é contratualizável! Esse canal recebe dinheiros públicos! Não podemos, obviamente, obrigar os canais privados a ter uma política que, eventualmente, fira as suas regras e os seus interesses comerciais,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está enganado!