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36 | I Série - Número: 076 | 26 de Abril de 2008

Na Madeira, há um pedido das autoridades italianas para a investigação de algumas empresas registadas no offshore da Madeira por fraude e evasão fiscais e temos sociedades offshore que controlam quase 700 empresas portuguesas. Temos também o Liechtenstein, que é um offshore dentro da União Europeia, que tem, pelos vistos, o registo de algumas empresas que controlam empresas em Portugal, e, sobre tudo isso, o Presidente diz: «Cuidado com os offshore!».
Queria perguntar-lhe, Sr. Ministro das Finanças, se considera normal que se apliquem dinheiros da segurança social dos trabalhadores em aplicações offshore e se está hoje tranquilo a respeito da resposta das autoridades alemãs acerca do registo de empresas portuguesas nestes offshore.
Em segundo lugar, queria insistir na clarificação que já lhe foi pedida sobre a legalização dos trust pessoais. Foi dito, e o Governo não quis desmentir, que poderia ser possível legalizar em Portugal trust pessoais, ou seja, patrimónios individuais que poderiam escapar ao escrutínio do sistema fiscal português e até do dever de transparência e de prestação de contas, porque é por isso que foram concebidos estes modelos.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Queria, Sr. Ministro, que nos esclarecesse, desde já, se entende que esta seja uma prática aceitável, recomendável, e se o Governo a vai defender.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, o seu discurso tem duas partes essenciais. Uma delas em que assume um conjunto de medidas no sentido de uma melhor defesa para os contribuintes. Sr. Ministro, seja bem-vindo!

O Sr. José Paulo Carvalho (CDS-PP): — Até que enfim!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Ministro, o CDS já apresentou propostas de arbitragem há dois orçamentos e o Partido Socialista sempre as chumbou. O CDS anda a falar há três anos em comissões de conciliação e os senhores nunca as aceitaram.
Ficou bem claro que o Sr. Ministro das Finanças, num mandato de quatro anos, durante três anos deve vestir a pele do lobo e durante um ano deve vestir a pele do cordeiro.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Fica bem demonstrada a razão pela qual os senhores não merecem ter uma maioria absoluta.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Na segunda fase do seu discurso, o Sr. Ministro lançou um desafio à oposição: apresentem alternativas! Virando-se para o lado direito do Parlamento, disse: apresentem políticas fiscais diferentes das do Governo! Pois, o CDS está aqui para lhe apresentar alternativas, Sr. Ministro.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!