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41 | I Série - Número: 076 | 26 de Abril de 2008


O Sr. Afonso Candal (PS): — Vai mudando! Portanto, o problema que se coloca não é o das candidaturas, é o de o PSD não ter posição. O PS, mesmo durante o seu debate interno e a disputa da liderança — também normal —, mantinha as suas posições.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso é mentira!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Sabia-se o que o Partido Socialista pensava sobre as questões essenciais do País, nomeadamente as questões orçamentais e as questões fiscais. Ora, o problema do PSD é este e eu espero, sinceramente, que o resolvam.
Em segundo lugar, o que V. Ex.ª aqui reafirmou foi o que eu disse, eventualmente com outros termos, certamente. V. Ex.ª assumiu aqui que, no seu governo, o défice nunca esteve abaixo dos 3% nem próximo desse valor, e V. Ex.ª só conseguiu apresentar contas próximas dos 3% a Bruxelas porque inventaram umas receitas extraordinárias de última hora. Ou seja, o que V. Ex.ª aqui fez foi reafirmar o que eu já tinha dito, e que foi noticiado pelos jornais,…

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Não!

O Sr. Afonso Candal (PS): — … entre apresentar o défice real ou arranjar alguns movimentos contabilísticos «cosméticos» só para o diminuir artificialmente, quando a realidade das finanças públicas era desastrosa, como se veio a comprovar depois, tendo ficado pior no final do ano de 2005, em que se perspectivava o pior.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — O Dr. Constâncio não concordava!

O Sr. Afonso Candal (PS): — V. Ex.ª não disse a verdade aos portugueses sobre o desequilíbrio estrutural das finanças públicas! V. Ex.ª pretendeu fazer crer aos portugueses que as finanças públicas estavam equilibradas quando sabia que isso não era verdade.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — O Dr. Constâncio explica!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Ofélia Moleiro.

A Sr.ª Ofélia Moleiro (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Ministro: O discurso do Sr. Deputado Candal vem mesmo a propósito da questão que queria colocar. É que se há algo que desmente tudo o que o Sr. Deputado disse é aquilo para o que vou chamar a atenção e que não foi trazido por mim mas por um relatório do indiscutível e imparcial Tribunal de Contas.

O Sr. Patinha Antão (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Ofélia Moleiro (PSD): — Sr. Ministro, quando o governo do PS, há 10 anos, trouxe o modelo de financiamento para as SCUT, o PSD acusou-o de forma responsável, após ter analisado os custos futuros, os pesadíssimos encargos e o comprometimento terrível das gerações futuras. Passaram-se 10 anos, temos feito sempre esse discurso, não nos pode acusar de diferenças! Infelizmente, esse futuro foi tão próximo que já é hoje.
Ora, é o próprio Tribunal de Contas, Sr. Ministro, que vem agora dar razão ao PSD, não deixando margem para dúvidas, pois no seu relatório o Tribunal de Contas critica o modelo das SCUT e refere-se às parcerias público-privadas afirmando que o Estado subestimou – e subestimar é tornar irreal um défice orçamentado – os valores das SCUT no Orçamento, originando perdas para os cofres nacionais.