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39 | I Série - Número: 076 | 26 de Abril de 2008


… não acompanhou o Governo e a maioria nas alterações à segurança social; não acompanhou o Governo e a maioria nas alterações das regras da Administração Pública.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Só acompanhamos quem devemos acompanhar!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Ou seja, não acompanhou essas reformas estruturais, que são a melhor garantia que temos.
O que o PSD fez no seu tempo não foram reformas estruturais mas operações extraordinárias, que ainda hoje saem caras aos contribuintes portugueses!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Refiro apenas duas, que, pela sua dimensão, são até as mais relevantes.
A primeira foi a integração do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos na Caixa Geral de Aposentações — era Primeiro-Ministro o Sr. Deputado Pedro Santana Lopes –, que foi um desastre, pois gerou uma melhoria momentânea do saldo orçamental mas gera encargos para os portugueses até ao ano 2071.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Até ao ano 2071, os portugueses não se vão esquecer do Primeiro-Ministro Pedro Santana Lopes, porque andarão ainda a pagar a sua falta de políticas estruturais.
A segunda questão, Sr. Presidente, só para terminar, é a da titularização dos créditos do fisco e da segurança social. Essa não foi da responsabilidade do governo do Sr. Deputado Pedro Santana Lopes, mas da responsabilidade da então Ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite. A verdade é que o Estado alienou mais 11 000 milhões de euros de dívida pelo valor de 1700 milhões!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir. Já ultrapassou o seu tempo.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente, mesmo para terminar, a verdade é que este negócio, este acordo com o Citigroup já hoje custou ao Estado português e aos contribuintes muitas e muitas centenas de milhões de euros.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, para defesa da consideração da minha bancada.
Devo dizer que, quando fiz sinal à Mesa para pedir a palavra, foi por uma razão, mas, entretanto, depois da intervenção do representante do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, já tenho mais outra razão para a pedir.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, em primeiro lugar, defendo a consideração da minha bancada fazendo um breve exercício de memória.
Quando exercia as funções de Primeiro-Ministro, no debate do Programa do Governo, a bancada do Partido Socialista foi liderada pelo Sr. Deputado António José Seguro. O Partido Socialista encontrava-se, nessa altura, em debate interno, com três candidaturas, para escolher um líder. Lembro-me perfeitamente do