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24 | I Série - Número: 088 | 29 de Maio de 2008

O Governo estimava, no Orçamento do Estado para este ano, que o barril de petróleo Brent estaria em 80 dólares, descendo até o preço, e, hoje, está a mais de 100 dólares.
O Governo estimava que o investimento ia crescer, e, hoje, está 1,6% negativo.
O Governo estimava um crescimento das exportações, e elas caíram.
O Governo estimava — vejam lá! — uma taxa de Euribor a três meses de 4,2%, e, hoje, menos de seis meses depois, ela está 0,6% acima da sua estimativa.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — O grande problema, como alguém, noutro tempo e noutro continente, disse, é a economia.
O que o Primeiro-Ministro não compreende é que falhou! O seu suposto reformismo falhou! O discurso das dificuldades para ter melhorias falhou! As alegadas grandes reformas falharam! O modelo de desenvolvimento económico do Partido Socialista falhou! Publicamente o Primeiro-Ministro já não tem desculpa. É o seu modelo, é o seu Governo e é o seu projecto que estão a ser avaliados e falharam: falharam na economia e falharam no social!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Com o Partido Socialista os pensionistas mais pobres têm vindo, sistematicamente, a perder poder de compra, enquanto o número de jovens a receber o rendimento social de inserção aumenta.
E estão à vista também o populismo e a demagogia de quem prometia o complemento social de idosos para 300 000 portugueses e não o atribui a mais de 60 000 e de quem vem ao Parlamento fazer anúncios de aumentos prestações sociais para as famílias monoparentais, mas, ao mesmo tempo, retira o abono de família aos trabalhadores independentes.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Quando o País precisava de crescimento económico e de consciência social, recebe um Primeiro-Ministro que é compreensivo, mas é pouco decidido.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — A compreensão não resolve a crise, a compreensão só agrava a crise de compreensão que os portugueses têm face ao Governo. É por isso mesmo que é preciso uma nova alternativa e alguém que dê esperança e um projecto de esperança aos portugueses. É isso que o Grupo Parlamentar do CDS-PP tem permanentemente tentado fazer, sendo responsável, sendo uma oposição alternativa, mas coerente e responsável.
Por isso mesmo, reapresentaremos, a muito breve trecho, na próxima Conferência de Líderes, o agendamento de um debate temático, que já foi solicitado, sobre a situação financeira internacional e a forma como isto afecta a economia portuguesa.
Vemos, lá fora, outros políticos de referência com propostas, com ideias, com alternativas e com soluções.
É disso que nós precisamos e não da compreensão do Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, dois Srs. Deputados.
Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Afonso Candal.