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16 | I Série - Número: 092 | 6 de Junho de 2008

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Termino já, Sr. Presidente.
O País precisa de transparência, precisa de encontrar mecanismos que combatam estratégias especulativas e de uma política inflacionária que seja séria.
O Sr. Primeiro-Ministro tem-se anunciado sempre como um Governo que enfrenta as dificuldades. Este é o momento. Este é o momento em que o Estado tem de assumir as suas responsabilidades. Sr. PrimeiroMinistro, não lhe vou pedir que diga qualquer coisa de socialista, de esquerda, mas que diga algo ao País sobre a crise dos combustíveis.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, no último debate da moção de censura apresentada pelo Partido Comunista Português o Sr. Primeiro-Ministro disse que havia muitas razões para censurar este Governo — essa frase foi aqui dita. E logo a primeira questão que se lhe põe é a de saber quais são realmente essas razões.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Também querem uma moção de censura e não sabem porquê!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — É porque no seu discurso o Sr. Primeiro-Ministro nunca diz quais são as razões que os portugueses têm para censurar o Governo. Obviamente, poderia fazê-lo junto dos seus camaradas porque, pelos vistos, cada vez mais socialista têm razões para censurar o Governo, conforme, aliás, temos visto nos últimos dias.
Sr. Primeiro-Ministro, gostaria de lhe dizer o seguinte: o Governo tem afirmado que agora, finalmente, Portugal, ao contrário do que se passou com o governo anterior, está preparado para vencer esta crise económica. Nós ainda nada vimos de concreto sobre essa melhor preparação. Aliás, os dados que vão saindo, e são claros, demonstram que o que pode acontecer é o contrário. Ora, aquilo que se pede ao Sr. PrimeiroMinistro, já que se discute uma moção de censura, é que deixe a teimosia e fale a verdade aos portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Tem de o fazer porque não pode continuar teimosamente a só reconhecer passado um certo número de meses que o PIB vai crescer muito menos e que a situação de Portugal, por arrastamento da situação internacional mas também devido à falta de políticas de Portugal, vai piorar para os portugueses que já estão numa situação muito difícil.
Por isso, a primeira questão que lhe coloco é a seguinte: Sr. Primeiro-Ministro, o Governo vai «baixar os braços» perante esta crise, perante o aumento de preços e perante o aumento das desigualdades sociais e vai continuar com esse discurso de que o que é preciso é investir na qualificação e na formação, quando o QREN relativamente à formação não está a funcionar? As empresas não conseguiram beneficiar de um cêntimo em relação à formação. É preciso fazer um discurso claro sobre esta matéria.
Todos temos a certeza de que os portugueses têm razões para censurar o Governo.
Mais: o nível de endividamento das famílias é uma questão que tem de se colocar.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.
O Sr. Primeiro-Ministro sabe, como nós e os portugueses, a que nível chegou o endividamento das famílias e no primeiro trimestre deste ano cresceu muito em relação ao primeiro trimestre de 2007. Neste cenário, como é que o Governo pode apregoar o ataque a essa crise se mantém o que fez aos certificados de aforro? Foi uma medida inexplicável. Ora, o Governo tem de explicar aos portugueses por que considera esses