20 | I Série - Número: 092 | 6 de Junho de 2008
O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — … e de um novo modelo de especialização produtiva que responda às alterações climáticas e às novas necessidades de soluções energéticas nacionais.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alberto Martins, a política energética do Governo tem como objectivo reduzir a dependência do petróleo no nosso País. E não é uma política de agora mas que se iniciou exactamente quando tomámos posse. Foi por isso que, no sector da energia, fizemos uma mudança muito significativa.
Temos hoje, no nosso País, um cluster eólico. A nossa opção pelo desenvolvimento do potencial hídrico, conjuntamente com o potencial eólico, faz parte da assunção estratégica de um caminho que afirmou Portugal como um dos países que mais aposta nas energias renováveis no conjunto da Europa, e não apenas ao nível do desenvolvimento eólico e hídrico mas também ao nível da eficiência energética.
O aplauso, o apoio ao nosso plano para a eficiência energética tem vindo de todos os sectores e tem sido unânime, o que nos deixa satisfeitos, porque sabemos que este caminho é o caminho estrutural, é o caminho adequado para que Portugal possa encarar com mais optimismo o seu futuro e não permaneça tão dependente como está hoje do preço do petróleo nos mercados internacionais.
O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, se me permite, Sr. Deputado Alberto Martins, a propósito desta moção de censura, é muito interessante verificar quais foram as duas áreas que o CDS, partido censurante, decidiu sublinhar como alternativas à governação. Desde logo, a segurança social, dizendo o Deputado Paulo Portas que pretende uma segurança social que tenha uma componente capitalizável.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Por livre escolha!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Nós sabemos bem o que o Sr. Deputado quer dizer. O que o Sr. Deputado quer dizer, tal como o PSD, é que toda a direita…
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Isso não é verdade, Sr. Primeiro-Ministro! O Sr. Primeiro-Ministro sabe que não é verdade! Está a manipular a nossa proposta!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … pretende uma segurança social obrigatoriamente privada, entregue aos caprichos da bolsa.
Aplausos do PS.
Não tem a coragem de o dizer, tal como não tem coragem para dizer o que significa essa frase tão elíptica de que não resolveu o problema do financiamento do Serviço Nacional de Saúde. Mas eu sei o que está no espírito do CDS. O que está no espírito do CDS é exactamente a redução da universalidade do Serviço Nacional de Saúde, conforme pretendem há muitos anos.
Por isso, a distinção entre nós é perfeitamente clara.
O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.