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17 | I Série - Número: 092 | 6 de Junho de 2008


pequenos e médios investidores que investiram as suas poupanças nos certificados de aforro e que foram penalizados de uma forma injusta e inqualificável.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, falemos de indicadores e de resultados.
Resultados deste Governo em três anos: crescimento económico, em 2007, 1,8% — superior, só nesse ano, ao crescimento económico acumulado nos três anos do governo anterior. Défice orçamental: 2,6% — o melhor défice orçamental da história da democracia portuguesa. Exportações: 7,3% — muito superior a qualquer número das exportações no governo anterior. Emprego: desde que chegámos até ao final de 2007, mais 97 000 empregos. São estes os números e são estes os resultados! Obviamente, o Governo português, tal como todas as instituições e como todos os Governos, tiveram de mudar e ajustar as suas previsões em função dos dados objectivos da situação internacional. Fizemo-lo como fizeram todos, mas fizemo-lo porque houve razões exteriores que nos levaram a isso. Isto é, o preço do petróleo, a crise do subprime, os efeitos que isso teve na actividade bancária.
Mas o que é espantoso é que venha da direita a crítica, o Dr. Paulo Portas, o PSD, relativamente à mudança nos objectivos e nas previsões quando em 2003 — vejam bem, em 2003!! — o governo do Dr. Paulo Portas…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Nunca me tinham chamado Primeiro-Ministro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … quando ele era ministro previa 1,75%. E sabem qual foi o resultado? Menos 0,8%!! Nestes três anos nunca tivemos uma recessão.
Bom, e já não falo nas exportações e no investimento porque isso seria uma desgraça. Que autoridade moral têm para vir falar nesse assunto?!

Aplausos do PS.

Diz o Sr. Deputado Paulo Portas, agora, que tem a tese dos 8%: «Não! Só sou responsável por 8%, não sou responsável por nada disso!».

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Está a repetir-se! Já usou esse argumento!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, a propósito de seriedade, Sr.ª Deputada Ana Drago, falemos seriamente sobre as matérias.
Em primeiro lugar, quem decreta o que é ser ou não de esquerda não é a Sr.ª Deputada,…

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Não! É o povo!

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Graças a Deus!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … porque esse tique de arrogância intelectual e de superioridade moral da esquerda para ensinar os outros tem mais do que a sua idade, Sr.ª Deputada, e já o conheço há muitos anos.
É velho, velho, velho, Sr.ª Deputada!

Aplausos do PS.

Risos da Deputada do BE Ana Drago.