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39 | I Série - Número: 094 | 12 de Junho de 2008


prescrições e do corte de verbas para o financiamento das instituições de ensino superior. A este ritmo, hoje não existiriam alunos no ensino superior.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Odete João (PS): — O tempo demonstrou que o PCP não tinha razão. A realidade é outra. O Sr. João Oliveira (PCP): — É, é!

A Sr.ª Odete João (PS): — Alguns números, mais do que abstracções, significam pessoas, percursos de vida e esforço individual.
Para o ensino superior entraram este ano mais 6 820 alunos e ainda 11 773 novos adultos.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Quantos desistiram?!

A Sr.ª Odete João (PS): — Mais de 4 800 alunos frequentaram, em 2007, os cursos de especialização tecnológica. Houve 2 080 novas bolsas de doutoramento, em 2007 (mais 77% do que em 2005);

O Sr. José Junqueiro (PS): — É bom lembrar!

A Sr.ª Odete João (PS): — … houve cerca de 900 novas bolsas de pós-doutoramento (mais 41% do que em 2005); houve novos contratos para doutores, 630, em 2007.
E que diz o PCP a dizer sobre esta realidade? Nada! Diz que não existe, que é uma miragem.
A Fundação para a Ciência e Tecnologia, de 2005 a 2008, duplicou o seu financiamento.
Ora, o recente relatório da OCDE considera que as orientações políticas mais recentes para o ensino superior vão no sentido da diversidade dos modelos de financiamento e apontam a partilha dos custos entre o Estado e os estudantes.
Aliás, não é o financiamento público que torna o acesso ao ensino superior mais igualitário. A recente entrevista de Nicholas Barr, fundador do sistema de empréstimos no Reino Unido — e recordemos que na Grã Bretanha o ensino superior público era gratuito —, dada no último fim-de-semana, diz-nos o seguinte: «O que impede os jovens de entrar no ensino superior não é o dinheiro, são as atitudes e o aproveitamento escolar.
As pessoas que vão para as universidades são fundamentalmente da classe média; se for pago pelo contribuinte é um subsídio das pessoas mais pobres às mais ricas».
O Partido Socialista entende que as famílias e os estudantes se devem co-responsabilizar nos estudos superiores e que o princípio da igualdade de oportunidades deve ser concretizado através de apoios específicos, como as bolsas de estudo, os empréstimos e outras medidas que se considerem adequadas.
Neste âmbito, o Orçamento do Estado para 2008 considerou o alargamento do âmbito de atribuição de bolsas de estudo a fundo perdido aos cursos CET (cursos de especialização tecnológica) e aos mestrados e, pela primeira vez, foi implementado um sistema de empréstimos que veio complementar a acção social escolar, tendo sido já concedido a mais de 3 000 estudantes.
O Estado não abdicou das suas responsabilidades no que respeita ao financiamento no ensino superior.
A reforma do ensino superior, encetada pelo Governo do PS, inscreve a sua marca na construção de um futuro melhor e visa o aumento das qualificações académicas e profissionais enquanto factor essencial da nossa modernização económica e tecnológica e da coesão social.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado André Almeida.

O Sr. André Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD e todos os portugueses começam a acreditar que os governos do Partido Socialista governam Portugal com base em paixões. Se o Primeiro-Ministro António Guterres apregoava a paixão pela educação, já o Primeiro-