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25 | I Série - Número: 104 | 10 de Julho de 2008


Desde 1986, o País recebeu 26 000 milhões de euros, repito, 26 000 milhões de euros, sem que o produto agrícola nacional tivesse aumentado. É o resultado dessa reflexão que nos exige esta mudança.
Sr.as e Srs. Deputados, repito, Portugal não é uma ilha.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Mas tem ilhas!

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — A nossa política agrícola é extremamente condicionada pelas decisões impostas pela PAC. Uma PAC reformada em 2003, durante a vigência dos governos do PSD e do CDS e que permitiu o desligamento da produção. Ventos da liberalização que é tão propagada pela direita como a panaceia para todos os problemas da economia.

O Sr. José Manuel Ribeiro (PSD): — Ai sim? E o Capoulas Santos? Quem foi o primeiro a defender isso? Tenha vergonha!

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — Uma PAC que se revelou incapaz de responder às crises, uma PAC que se revela insensível às questões sociais dos agricultores. Uma PAC que precisa de ser revista rapidamente.

Protestos do PSD.

Sobre o futuro da PAC, nem uma palavra se ouviu neste debate o que é revelador de que a oposição não tem uma ideia sobre o futuro da economia e da agricultura.

Protestos do PSD.

Sei que custa, mas vão ter que ouvir! Na verdade, se algo ficou claro neste debate é que o que verdadeiramente interessa ao CDS-PP, e ao Dr.
Paulo Portas, é fazer guerra ao Ministro para tentar manter as coisas como sempre estiveram…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Quem faz guerra ao Ministro é o Primeiro-Ministro!

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — … ou seja, continuar a distribuir 80% das ajudas por apenas 20% dos agricultores.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, queira concluir,…

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — … porque, senão, depois o Deputado José Junqueiro faz uma interpelação à Mesa sobre o excesso de uso de palavra de V Ex.ª.

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.
O que o Dr. Paulo Portas quer é continuar a dar 430 milhões de euros de subsídios para não se produzir em Portugal. É isto que vai mudar. Em vez de subsídios para não produzir, vamos ter ajudas ao investimento para termos mais alimentos, melhores preços ao consumidor e melhor remuneração ao produtor.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Poço.