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29 | I Série - Número: 027 | 18 de Dezembro de 2008

O Sr. Deputado continua a atacar o Governo porque, afinal de contas, o Governo fez apenas aquilo que é a sua obrigação básica: defender os depósitos e os depositantes e defender a economia portuguesa de uma gravíssima restrição do crédito.

Aplausos do PS.

Protestos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Primeiro-Ministro sabe bem — como o País inteiro o sabe — que há toda uma diferença entre garantir e respeitar os depositantes e socializar os prejuízos da banca, como aconteceu no caso do BPN.

Aplausos do BE.

Protestos do PS.

E é isso, Sr. Primeiro-Ministro, que leva a que o Dr. Mário Soares dissesse, ontem, que, «com as desigualdades sociais sempre a crescer, o aumento do desemprego vai subir imenso, em 2009, e há um sentimento de revolta com a impunidade dos banqueiros delinquentes».
Os portugueses, Sr. Primeiro-Ministro, gostariam, sim, que houvesse políticas à altura destas responsabilidades.
Vou dizer-lhe propostas concretas que o Bloco de Esquerda tem feito: hoje, precisamos de reduzir o endividamento externo e de libertar as pessoas da pressão da banca. Por isso mesmo, se o dinheiro público fosse usado para muitas pequenas obras — para reabilitar a habitação, ficando o Estado com as casas, alugando-as e devolvendo-as cinco anos depois —, então, Sr. Primeiro-Ministro, veja os efeitos que teríamos.
Teríamos rendas mais baixas, casas a preços mais baixos, pessoas menos endividadas, melhor investimento público e melhores efeitos sobre o consumo.

Aplausos do BE.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, o Sr. Deputado, que tanto gosta de citar o Dr. Mário Soares, esqueceu-se de citar a parte em que o Dr. Mário Soares criticava o radicalismo – e acho que estava a falar de vocês e da extrema esquerda –,»

Vozes do PS: — Era, era!

Risos do Deputado do BE Francisco Louçã.

O Sr. Primeiro-Ministro: — » e quando criticava a política do «quanto pior, melhor«. Desculpe, Sr. Deputado, mas estava a pensar em vocês!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, por que é que não falou, hoje, na acção do Banco de Portugal quando intentou processoscrime contra dirigentes do BCP?! Porque não lhe convém! Isso já não convém à sua política!