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25 | I Série - Número: 029 | 11 de Dezembro de 2010

Mais ainda, Sr. Primeiro-Ministro: neste seu País»

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Concluo, Sr. Presidente.
Neste seu País, os portugueses olham para a Groundforce. No ano passado, os administradores eram magníficos e a empresa estava magnífica, por isso houve prémios para eles; este ano, os administradores que pagaram a si prémios, com eles no bolso, vão despedir 336 trabalhadores.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — A vergonha desta política é o despedimento, é a promoção do despedimento. Isso, Sr. Primeiro-Ministro, é a marca deste Governo e foi por isso que ele fracassou.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para formular as suas perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, neste último debate quinzenal do ano, como tem acontecido anteriormente, o Governo, possivelmente, vai dizer «mais uma vitória.» Acho que o Sr. Primeiro-Ministro incorre no sério risco de reincarnar aquela figura célebre do General Pirro, que ganhou todas as batalhas, mas perdeu a guerra.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não seria preocupante se não fosse o País a perder! Em relação à matéria que nos traz aqui, já ontem a Assembleia da República se pronunciou no Plenário sobre isso, mas queremos sublinhar que a melhoria dos resultados só pode merecer, enfim,»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vá lá, diga!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — » um voto de confiança nas escolas, nos professores, nos alunos, nas famílias e nos trabalhadores não docentes. Aí, como actores, mesmo confrontados, por vezes, com uma ofensiva muito dura por parte do Governo,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — » foram capazes de realizar um trabalho meritório.

Aplausos do PCP.

É nesse sentido o nosso voto de confiança. Por isso, valorizamos o que deve ser valorizado.
Mas por falar em valorizar o que deve ser valorizado, lembra-se o Sr. Primeiro-Ministro que valorizámos o acordo em relação ao salário mínimo nacional. Ora, um certo extracto do patronato e das suas associações está a pôr em causa o acordado.
Estamos a falar, Sr. Primeiro-Ministro, de um aumento de 82 cêntimos diários, de um custo salarial para as empresas de 0,6%, de 500 000 trabalhadores que levam para casa, ao fim de um mês de trabalho, 403 € líquidos. E a minha pergunta é esta: porque é que o Governo hesita em promulgar o acordo estabelecido de