11 DE JANEIRO DE 2013
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económica deste País, do desemprego, da situação económica e da coesão territorial que se está a evidenciar
e que estão cada vez piores a cada ano que passa.
Não fossem os atrasos destes processos, poderiam já ter sido executados, no mínimo, 6500 milhões de
euros! O Sr. Deputado consegue imaginar o que teria sido, para milhares de empresas, e em particular para as
micro, pequenas e médias empresas deste País, se essa verba tivesse chegado a tempo e horas?!
Ouvimos o Sr. Deputado dizer «conseguimos criar uma sociedade mais coesa». O Sr. Deputado não se
importa de nos dizer onde é que conseguiram criar uma sociedade mais coesa?
Vozes do PCP: — Exatamente!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — É que o que vemos ao nível do território deste País, ao nível das regiões
deprimidas do interior, ao nível do desemprego que vai grassando de Norte a Sul, ao nível do encerramento e
insolvência de empresas é que a realidade que temos não é aquela de que o Sr. Deputado falou da tribuna.
Na altura que em que estavam na oposição, os senhores disseram que sabiam perfeitamente o que fariam,
mas, chegando ao Governo, mandaram suspender por quase um ano, mais de um semestre, a execução dos
programas do QREN. As empresas ficaram com a corda ao pescoço, algumas fecharam por causa da vossa
política e o resultado é esta situação que temos hoje.
A pergunta muito concreta que lhe coloco é a seguinte, Sr. Deputado: tem a certeza que há todas essas
razões que invocou para tanta autossatisfação?
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando
Medina.
O Sr. Fernando Medina (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Leite Ramos, lamento ter de começar
por aqui, mas não é leal no debate parlamentar invocar o privilégio do acesso à informação de que o Governo
dispõe para tentar marcar um ponto político.
Aplausos do PS.
Os dados da execução do QREN só estão disponíveis até ao terceiro trimestre. Nenhum dado sobre a
execução orçamental do quarto trimestre é público.
Por isso, se a bancada da maioria quer fazer o número de se vangloriar da execução do QREN, há um
mínimo que tem de fazer ab initio, que é tornar públicos os dados de que a administração hoje já dispõe.
Aplausos do PS.
Gostava de lhe dizer, Sr. Deputado, que veremos com toda a atenção os números da execução do QREN,
mas há uma coisa que nós já podemos, com certeza, dizer sobre a sua execução de 2012: veremos nos
dados da execução de que forma o QREN ajudou às contas públicas e a transferir despesa das contas do
Estado para a conta dos fundos comunitários.
Vozes do PS: — Ora bem!
O Sr. Fernando Medina (PS): — A execução vai mostrar-nos isso.
Mas há uma coisa que já sabemos que podemos concluir: que o QREN em 2012 não foi um instrumento de
apoio à economia, ao emprego e ao investimento.
Aplausos do PS.