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I SÉRIE — NÚMERO 51

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Fora as visitas do ministro, a administração, pelos vistos, estava em Lisboa, a tratar de outros negócios,

como, por exemplo, o das contrapartidas dos submarinos…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora, ora!

O Sr. Honório Novo (PCP): — … dos quais temos exemplo nos Estaleiros.

Protestos do Deputado do CDS-PP Abel Baptista.

Quer um exemplo? Um guindaste, chamado K7, que foi instalado como resultado das contrapartidas dos

submarinos, nunca funcionou. Sabe, Sr. Deputado Abel Baptista? E não só não funcionou como hoje

compromete as exportações de uma empresa que está ao lado, a ENERCON, que queria exportar através do

cais dos Estaleiros, usando aquele guindaste. E sabe para onde tem de desviar as torres eólicas? Para

Leixões, a 60 km! Veja o resultado das visitas do Sr. Ministro Paulo Portas aos Estaleiros!

Risos do Deputado do CDS-PP Abel Baptista.

Apetece dizer que, de salvação dos Estaleiros, em salvação dos Estaleiros, à medida do Dr. Paulo Portas,

caminhamos rapidamente para o encerramento dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Pode ser o que os senhores e o CDS pretendem, mas não é isso o que os trabalhadores querem, nem é

isso o que o País deseja!

Aplausos do PCP.

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

A Sr.ª Presidente: — Para formular o seu pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado

Eduardo Teixeira.

O Sr. Eduardo Teixeira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Honório Novo, quero cumprimentá-lo e

agradecer-lhe por nos trazer este importante tema, hoje, a debate ao Parlamento.

Trata-se, de facto, de um tema atual, de um tema preocupante, de um tema que nos preocupa a todos e

que é, sem dúvida alguma, mais uma herança do anterior Governo.

Num setor tão importante e estratégico para o País como a construção naval e a plataforma estratégica de

desenvolvimento do mar, o Governo tem feito tudo o que está ao seu alcance para tentar encontrar uma

solução, para tentar encontrar um caminho, para tentar salvaguardar os postos de trabalho, para encontrar

uma solução comercial para esta importante empresa do País e do norte de Portugal.

De facto, encontrou-se um caminho, que passou pela privatização, um caminho que procurava potenciar

sinergias, que procurava encontrar um partner que fizesse escala e que precisasse urgentemente de

alavancar o negócio e de ter sucesso comercial, que conseguisse tirar a imagem negra que ficou depois da

construção dos navios Atlântida e Anticiclone, o pobre coitado que ficou em estaleiro.

Ainda ontem, recebemos os trabalhadores dos estaleiros na Comissão de Defesa Nacional e, na semana

passada, recebemos nesta Casa, na Comissão de Economia e Obras Públicas, os trabalhadores e a comissão

de trabalhadores. Ficou bem explícito, pelo que foi dito, que tinha de terminar o tipo de gestão que é feita nos

Estaleiros. Não podemos continuar a construir barcos assim.

Os trabalhadores deram-nos um estudo, já apresentado, que diz que nos últimos cinco anos aquela casa

construiu 15 projetos.

Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.