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I SÉRIE — NÚMERO 56

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Quero perguntar-lhe, Sr. Deputado, como é que o PSD não aguenta viver com a liberdade de expressão de

um País que quer ter voz, que quer ter uma voz ativa, que não percebe estas políticas, não percebe o seu

sentido, mas já percebeu que elas não têm qualquer objetivo.

Como é que o PSD não aguenta a liberdade de expressão, quando este Governo tem liberdade absoluta

de ação para levar o País para o abismo?! Que sentido é que isto faz, Sr. Deputado?

A verdade é que o senhor veio aqui com uma imensa dificuldade — e percebo que para vós seja incómodo

—, pois o senhor, porventura, quis fazer de um Ministro que é conhecido por mentir ao Parlamento ou,

inclusivamente, por atitudes persecutórias em relação a órgãos de comunicação social e a jornalistas, um

arauto e um símbolo da democracia para o PSD, mas nem sequer conseguiu fazê-lo, Sr. Deputado.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Sr. Deputado, responda ao seguinte: por que é que um País não se pode indignar perante uma política de

sacrifício, que não tem sentido?

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Não é isso que está em causa!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Por que é que os jovens deste País não hão de ter uma palavra ativa

perante aquilo que é a vossa responsabilidade e que os senhores não querem assumir?

Aplausos do BE.

Protestos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, o Sr. Deputado

dividiu a sua intervenção em duas partes. Uma parte, em que falou de matérias que qualificamos de

muitíssimo importantes e que têm a ver com o desafio que este Governo encontrou quando tomou posse — o

que, creio, com alguma injustiça, foi ignorado por parte da parte da oposição —, isto é, o facto de os partidos

que o compõem estarem sujeitos a um Memorando de Entendimento que assinaram mas não negociaram.

Falou também da situação do País, que ainda, sim, é difícil e da necessidade de cumprir esse Memorando. E

abordou igualmente uma questão, a nosso ver, muito importante, que é a necessidade de começar, desde já,

a pensar no pós-troica.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Trata-se de matérias certamente importantes e em relação às quais

nos revemos naquilo que o Sr. Deputado disse.

Mas o Sr. Deputado falou de algo ainda mais importante do que estas matérias que acabei de referir (já de

si bastante importantes e com repercussões muito importantes na vida dos portugueses) e que é uma questão

de regime — e talvez isso explique que, sobre isso, nem uma palavra da oposição —, é a questão de saber o

que queremos para o nosso País e o regime em que queremos viver.

Por isso, Sr. Deputado, quero ser muito claro nesta matéria, dizendo o seguinte: nós, no CDS, revemo-nos

absolutamente, subscrevemos por baixo aquilo que pessoas que não pensam como nós, como António

Barreto ou Augusto Santos Silva, ontem disseram, com a grandeza de quem distingue as pessoas e os

partidos de interesses político-partidários momentâneos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.