22 DE FEVEREIRO DE 2013
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O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — Sr.ª Presidente, com a sua autorização, pedia que o Sr.
Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social começasse por usar da palavra.
A Sr.ª Presidente: — Com certeza, Sr. Ministro.
Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social.
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social (Marco António Costa): — Sr.ª
Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, começo por agradecer a oportunidade de poder responder a algumas
questões.
Relativamente às questões colocadas pelo Sr. Deputado Acácio Pinto, gostaria de lhe dizer o seguinte: Sr.
Deputado, nós também temos memória, contrariamente a alguns grupos políticos representados nesta
Assembleia, que têm o complexo da avestruz, que «enfiam a cabeça na areia» quando se fala do passado ou
quando se pede a colaboração para o futuro e que se recusam a colaborar fugindo à realidade. E a nossa
memória diz-nos que, no ano de 2012, o número de portugueses envolvidos em medidas ativas de emprego e
formação profissional foram 502 000, mais 11% que em 2011.
Portanto, Sr. Deputado, há aqui um crescimento do número de portugueses envolvidos nas medidas ativas
de emprego e em formação profissional. Mais concretamente, em formação profissional houve 389 000
portugueses envolvidos, isto é, mais 14% do que em 2011.
Relativamente a apagões, gostava de dizer ao Sr. Deputado Mário Ruivo o seguinte: o Sr. Deputado tem
de ler a rubrica da ação social no seu conjunto. E o senhor tem um pequeno problema em relação a esta
matéria: é que por muitos apagões que o Sr. Deputado tente fazer relativamente ao Programa de Emergência
Social, existem 1,1 milhões de pensionistas que têm as suas pensões atualizadas, as pensões mínimas em
Portugal, e que sabem onde é que está o Programa de Emergência Social.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Sr. Deputado, a demagogia tem limites. É que o Programa de Emergência Social também está a apoiar o
trabalho que está a ser feito pelas instituições sociais no Programa de Emergência Alimentar, e aí remeto-o
para aquilo que disse a CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade): que se trata de um
programa de grande utilidade social para o País. Portanto, Sr. Deputado, onde está o apagão? Está nos
portugueses que beneficiam desse Programa e que o Sr. Deputado se recusa a ver, recusando-se também a
ouvir aquilo que é dito pelo Sr. Presidente da CNIS.
Para terminar, gostava de deixar um apontamento relativamente às questões do apoio social, uma vez que
estamos a falar de Estado social. Também não foi aqui referido que foi este Governo que alterou o regime de
acesso ao abono de família, tornando possível a revisão trimestral do acesso ao abono de família e com isso
permitindo o reforço da ação social escolar, também por essa via.
É um duplo efeito favorável para as famílias mais carenciadas!
Aplausos do PSD.
Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.
A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Ministro da Educação para prosseguir na resposta aos
pedidos de esclarecimento.
O Sr. Ministro da Educação e Ciência: — Sr.ª Presidente, começo por responder ao Sr. Deputado Acácio
Pinto, agradecendo-lhe as três citações que fez, as quais subscrevo totalmente. Estou completamente de
acordo com as mesmas, pelo que encontrámos um ponto de acordo. Onde talvez não estejamos de acordo é
como é que as vamos seguir, como é que vamos fazer para melhorar a educação em Portugal.
Mas deixe, Sr. Deputado, que me refira a um aspeto muito peculiar da sua intervenção, que me
surpreendeu muito: o Sr. Deputado menosprezou o facto de, em tempos de grande contenção orçamental e
em tempos de grandes dificuldades, nós irmos fazer justiça a 600 professores. Sr. Deputado, diga a esses