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I SÉRIE — NÚMERO 66

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Nos últimos anos, a média de crescimento anual das exportações no setor foi de 12%, bem acima da nossa

economia em geral. Posso ainda dizer-vos que, segundo os dados do INE que saíram há bem pouco tempo,

relativos ao primeiro mês deste ano, comparando janeiro de 2012 com janeiro de 2013, o crescimento das

exportações do setor agroalimentar foi de 12,7%. Portanto, este movimento crescente mantém-se com

constância e com sustentabilidade, que é o que releva, mostrando o êxito do setor agrícola e agroalimentar em

Portugal.

Posso dizer-lhe também, Sr. Deputado Abel Baptista, que nos temos empenhado em abrir cada vez mais

mercados para os produtos portugueses, que nos temos empenhado a todos os níveis para, em várias

geografias, darmos entrada aos nossos belíssimos produtos. Aliás, ainda este mês conseguimos abrir, por

exemplo, o mercado da Arábia Saudita para as carnes em geral, o mercado da Costa do Marfim para os leites

e laticínios e o mercado da Argélia para o mel, só para dar alguns exemplos de dossiers concluídos. Se quiser,

Sr. Deputado, posso dar-lhe o rol de todos os dossiers estão a ser negociados e em relação aos quais

esperamos obter bons resultados, no que respeita seja à China, seja ao Japão, seja a Marrocos, só para citar

alguns exemplos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para formular uma pergunta, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro do Ó Ramos, do

PSD.

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra, teve boas notícias relativamente a

Alqueva.

O Sr. João Oliveira (PCP): — A bomba vai rebentar-lhe nas mãos!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — No final do ano passado, tivemos uma verba de 13 milhões de euros

no âmbito do PRODER para pagamento de dois investimentos muito significativos para Beja, cobrindo a

dotação que o PRODER tem para esses dois projetos, temos já garantida a rede primária, assegurada pelo

Fundo de Coesão no Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), e temos a

possibilidade de transferência da rede secundária para o Programa Operacional Regional (POR) Alentejo.

Mais importante, sabemos, como a Sr.ª Ministra já tem dito — ao contrário, por exemplo, do Sr. Eurodeputado

Capoulas Santos, que agora tem falado mais como Deputado socialista e muito menos como relator de

regulamentos no âmbito da PAC, dizendo que dúvida deste investimento —, que existe financiamento

assegurado para concluir as obras do Alqueva.

Recentemente, o PSD, como todo o País, foi confrontado com a entrega da concessão da rede secundária

à EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, SA) relativamente ao perímetro de rega

do Alqueva.

É bom que fique bem claro que, por princípio, o PSD defende que essa concessão seja atribuída a

associações de regantes. Percebemos os argumentos apresentados, nomeadamente no que diz respeito ao

preço da água. Como sabemos, um despacho de 2010 definiu o preço da água para impedir que o mesmo

fosse especulativo, e percebemos que assim é mais fácil controlar esse preço. Percebemos também que do

ponto de vista dos testes isso é essencial, para que consigamos perceber como é que funciona e para não

ocorrer o que ocorreu com o anterior governo, nomeadamente com a questão do bloco de Odivelas.

Sr.ª Ministra, gostaríamos de colocar algumas questões relativamente a esta matéria.

Percebendo esse racional, gostaríamos que ficasse bem expresso que a situação será assim até 2020, e

que fosse feito o mais depressa possível, porque entendemos que as associações de regantes é que têm

aptidão para fazer essa gestão. Depois, havendo a exceção no que respeita ao bloco de Aljustrel, que será

concessionado aos beneficiários do Roxo, como é isso será feito do ponto de vista do preço da água? Ou seja,

e porque são vizinhos, será praticado o mesmo preço relativamente aos beneficiários do perímetro de

Alqueva?