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21 DE MARÇO DE 2013

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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Queira até o Sr. Deputado saber que o salário mínimo não foi congelado no PEC 4 — imagine!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O salário mínimo foi congelado em dezembro de 2010, antes do PEC 4,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … antes do Memorando de Entendimento, por vontade do Governo do Partido Socialista, quando ainda tinha toda a possibilidade de gerir discricionariamente as políticas

públicas do País. Não estava sequer condicionado por um Memorando de ajustamento!

A Sr.ª Presidente: — Queira fazer o favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Termino já, Sr.ª Presidente. Os senhores, com toda essa liberdade, escolheram congelar o salário mínimo e agora, na oposição,

estando o País numa situação tão difícil, os senhores dizem que é essencial descongelar. Pode até ser, e

podemos discutir: tem na bancada do CDS uma bancada disponível para discutir o descongelamento do

salário mínimo, mas não tem nesta bancada uma bancada disponível para andar nesse passa-culpas,…

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … que é um passa-culpas irresponsável, de quem no passado, quando tinha a plenitude da liberdade para escolher as políticas públicas, escolheu congelar o

salário mínimo e agora, quando Portugal está condicionado por um Memorando de Entendimento (e que diz

que o salário mínimo está congelado), ignora que a primeira coisa a fazer para que isso seja possível é

renegociar o Memorando que assinou.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do Sr. Deputado Miguel Tiago. Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Jesus Marques, em primeiro lugar, e em nome da bancada do PCP, gostava de o saudar pela decisão de trazer a Plenário o tema da situação a que o

País chegou, particularmente após a sétima avaliação da chamada «troica».

O Sr. Deputado bem denunciou alguns dos resultados da política do Governo, resultados esses que o PCP

tem vindo a denunciar há muito tempo — e não só agora —, principalmente desde que PS, PSD e CDS

subscreveram o pacto de agressão com a troica estrangeira, dando o aval da «troica doméstica» para esta

política de esbulho e de agressão ao povo português, que se traduz — o Sr. Deputado não foi capaz de o dizer

na sua declaração, mas eu arrisco dizê-lo — num saque organizado aos nossos direitos, aos nossos

rendimentos e que sacrifica o bem-estar do povo português. Aliás, os indicadores que referiu são bem

ilustrativos disso mesmo.

Aos indicadores que escolheu referir acrescentam-se uns tantos outros, nomeadamente o aumento do

endividamento e a perda de um conjunto de direitos dos portugueses. Estes direitos foram sacrificados

precisamente para satisfazer os grandes interesses instalados…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!