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21 DE MARÇO DE 2013

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Estamos a falar, enfim, de iniciativas da comunidade, das pessoas para as pessoas, para as necessidades

da comunidade, sem qualquer intuito comercial ou mercantil, com o intuito único de dar resposta no terreno às

necessidades das pessoas e da comunidade.

É assim que a lei de bases agora aprovada, repito, por unanimidade, mais não é do que uma justíssima

homenagem àquelas dezenas ou centenas de milhares de pessoas que dedicam o seu tempo, a sua vida, a

maior parte das quais de forma desinteressada e sem remuneração, a esta causa social profundíssima. É o

reconhecimento da necessidade de dar enquadramento a este enorme setor, que não tinha uma legislação

específica aplicável, que era regulado unicamente por um ou outro diploma esparso e disperso e que

precisava, «como de pão para a boca», desta lei-quadro da economia social.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — É esse reconhecimento que este Parlamento agora veio fazer, é esta homenagem que este Parlamento agora veio prestar a essas pessoas.

Não gostaria de terminar sem deixar aqui também as minhas homenagens e reconhecimento — pessoal e

do CDS — a todos esses portugueses que abnegadamente no dia a dia se dedicam a estas causas sociais.

Estendo o meu agradecimento a todos os grupos parlamentares que, neste Plenário, compreenderam a

importância, o interesse e a relevância desse reconhecimento, souberam ultrapassar as suas diferenças e, por

consenso, aprovar esta lei fundamental para que se possa criar legislação enquadradora, para que se possa

criar regulamentação adequada e para que se deixe de confundir no terreno esta atividade com a mera

atividade comercial.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A Mesa não regista inscrições para pedidos de esclarecimento, pelo que passamos à próxima declaração política.

Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado do PCP Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Recorrendo a falsidades e expressões ofensivas para os trabalhadores, o Primeiro-Ministro defendeu o despedimento de trabalhadores

da Administração Pública.

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — É falso!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Disse o Primeiro-Ministro que a primeira fase de despedimentos na Administração Pública implica o despedimento dos assistentes operacionais, segundo ele, os «menos

qualificados».

Importa dizer que, ao contrário do que o Primeiro-Ministro disse e deu a entender, estes trabalhadores

fazem falta.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sem eles, os importantes serviços públicos prestados aos portugueses pura e simplesmente não funcionam.

Para o PCP, o objetivo do Governo PSD/CDS é claro: despedir estes trabalhadores para depois contratar

prestação de serviços a empresas privadas ou, em alguns casos, utilizar os chamados contratos de emprego-

inserção, que mais não são do que contratos para pôr os desempregados a trabalhar de graça e assim

ocuparem postos de trabalho permanentes à custa da segurança social.

Vozes do PCP: — Exatamente!