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5 DE ABRIL DE 2013

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Deixemo-nos de questões vagas. Estamos a falar de um bem essencial, vamos ao concreto dos

problemas. Por isso, propomos a suspensão imediata da reorganização hospitalar do Oeste, e é possível fazê-

lo.

Propomos também a criação de um grupo de trabalho para analisar a reorganização hospitalar, que deve

obrigatoriamente integrar — não é só ouvir! — as autarquias,…

A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — Já integram!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — … as associações de utentes e as organizações dos profissionais de saúde.

Não é serem ouvidos, é integrarem, serem parte efetiva da reorganização.

Por último, Sr.as

e Srs. Deputados, propomos a manutenção do Hospital Termal das Caldas da Rainha

como unidade pública integrante do Serviço Nacional de Saúde. Há problemas com este hospital? Há, sim

senhora. É preciso fazer obras? É preciso ver a sua estratégia para o futuro? É, sim senhora. Mas tem de ser

dentro do Serviço Nacional de Saúde. Ou vamos agora deitar fora, entregar aos privados um património de

História, de séculos? E não só, pois é um bem essencial, um hospital que presta um serviço como mais

nenhum outro! E, depois, dizem-se os Srs. Deputados defensores do desenvolvimento das suas regiões…

Com franqueza!

É preciso um pouco mais. É preciso, e as populações assim o exigem, clareza, objetividade e medidas

muito concretas. É nessa postura que está o Bloco de Esquerda.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias, para uma intervenção.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O PCP não desiste de intervir, de

propor e de defender medidas e uma política diferente para a rede de cuidados hospitalares na região Oeste e

no distrito de Leiria, e não desiste de lutar por outra política e por uma mudança a sério para a região e para o

País.

A questão do processo de restruturação hospitalar para o Oeste já dura há muito e já deu demasiados

problemas e preocupações para a população. O problema de fundo é o de um processo que começou mal e

que não deve prosseguir.

Quando se fala, aqui, do muito trabalho que já foi feito pelas comissões de utentes, pelos profissionais de

saúde, pelas autarquias, é preciso dizer que o trabalho e a luta que se tem desenvolvido no terreno, e que nós

queremos valorizar e saudar vivamente, vão no sentido da afirmação de uma exigência prévia, que é a da

suspensão deste processo, para que se ponha um ponto final, para que se arrepie caminho,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — … e depois, aí sim, desencadear um novo processo, com seriedade, de uma

forma democrática, participada, não começando pelo objetivo final, que é o de encerrar serviços e unidades,

que é o de colocar as pessoas com hospitais de referência mais distantes das suas localidades, etc.

O que consideramos incompreensível, e até insultuoso, não é apenas que, quer a maioria, quer o próprio

PS, venham tecer loas e agarrar-se ao pacto de agressão com a troica, o famoso Memorando de

Entendimento, procurando justificar o injustificável, que é a política de degradação do SNS que essa

governação e esse pacto prosseguiram. Isso consta do texto de ambos os projetos e não podemos

acompanhar esses considerandos, mas estávamos disponíveis — e estamos, até ver — para uma discussão

séria, em sede de comissão, para que as matérias da parte deliberativa, da parte resolutiva, de vários

documentos, que estão em conjunto, possam ser agregadas num documento comum, por exemplo, no sentido

de que as questões que colocamos com enfâse, tal como a defesa do hospital termal no quadro do SNS e

também a defesa da manutenção dos serviços de urgência básica no hospital de Peniche, constem do texto

da Assembleia