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I SÉRIE — NÚMERO 74

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Defendemos igualmente que haja o contributo da parte de outros textos, por exemplo, quanto à questão

que é colocada, e que acompanhamos, relativamente ao problema do hospital de Alcobaça. Essas matérias

podem e devem ser agregadas e discutidas com seriedade.

Mas não é sério, Sr.ª Deputada Maria da Conceição Pereira, que se venha aqui colocar a questão de baixar

à comissão estes projetos sem votação, por 15 dias, para fazer essa discussão, havendo, à partida, a

sentença de que os outros projetos vão ser recusados. Isso não é debate democrático, Srs. Deputados!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Exatamente! Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Essa postura do PSD tem de ser condenada, porque o projeto que o PSD

apresenta é um projeto que diz — desculpem a expressão — que fará sol se não chover, ou seja, não diz

nada, é um projeto minimalista que apresenta promessas quanto ao debate mas que, na parte resolutiva, nada

diz, não resolve o problema que este mesmo debate vem suscitar.

O problema que este debate vem suscitar, antes de mais, coloca a questão de fundo de um processo que

tem de ser interrompido, de uma nova situação que tem de ser colocada de uma forma participada,

democrática e eficiente, do ponto de vista das políticas de saúde, respondendo aos problemas das populações

e não agravando esses problemas e, depois, do ponto de vista concreto da realidade daquela região, tem de

responder às situações colocadas nas Caldas da Rainha, em Peniche, em Alcobaça, quanto ao problema de

fundo do Serviço Nacional de Saúde e à manutenção dos seus serviços e unidades, de forma integrada, no

quadro do SNS.

É esta a posição que defendemos, é esta a posição que tem sido vincada, com muita clareza, pelas

populações, pelos utentes da saúde, pelos profissionais e até por muitos autarcas, em ações de intervenção e

de luta que queremos aqui saudar. É que este processo só ainda está neste pé porque as pessoas se

organizaram e foram à luta; senão, isto eram «favas contadas» e estava resolvido há que tempos!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Repito: só estamos aqui a discutir isto porque as pessoas se mobilizaram e

foram à luta.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem lembrado!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E é com a luta das populações que também esta tática do PSD e do CDS e

deste Governo poderão ser derrotadas, porque não vale a pena enganar as populações com promessas

vazias, trazer à Assembleia um projeto que nada diz, abrir a hipótese de uma discussão, sem votação, por 15

dias, dizendo, à partida, que todos os outros projetos vão ser recusados. Nesse plano e nesse esquema, não

entraremos e não concordamos com essa atitude. Por isso, valorizamos a luta das populações, sim!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado João Paulo Pedrosa, do

Partido Socialista.

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: O PS apresenta este projeto de

resolução porque o processo de reestruturação dos hospitais do Oeste se tem vindo a revelar uma grande

trapalhada, com graves prejuízos para cinco concelhos do distrito de Leiria e alguns concelhos do distrito de

Lisboa, para mais de 200 000 pessoas que são utentes destes hospitais e são afetadas.

É bom recordar — e saudava a vinda do PCP e do BE a esta perspetiva — que, no Governo anterior, o PS

defendia o CHON, que era o Centro Hospitalar do Oeste Norte, com o hospital das Caldas da Rainha a

funcionar em pleno, o de Alcobaça a funcionar em pleno e o de Peniche a funcionar em pleno.

O que acontece neste momento? Sr.ª Deputada Conceição Pereira, penso que tem andado distraída

relativamente a esta matéria. A perspetiva e a proposta deste Governo quanto à transformação de um centro