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5 DE ABRIL DE 2013

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hospitalar do Oeste é a seguinte: quanto a Caldas da Rainha, reduzir para metade as valências de metade do

hospital das Caldas da Rainha e entregar a outra metade aos hospitais de Loures e de Torres Vedras; quanto

a Peniche, encerrar o serviço hospitalar de Peniche; quanto a Alcobaça, há todos os dias uma perspetiva

negra, pois todos os dias perde valências: atos médicos, pessoal médico, exames complementares de

diagnóstico.

Em 2012, foi inaugurada uma nova unidade cirúrgica e de internamento no hospital de Alcobaça, que

estava a responder às listas de espera. Neste momento, só funciona duas vezes por semana e os doentes

estão a ser referenciados para o hospital das Caldas da Rainha, com total desperdício de dinheiros públicos;

no que respeita a exames complementares de diagnóstico, que eram feitos numa concessão a um privado em

frente ao hospital de Alcobaça, neste momento, as pessoas são transportadas de táxi e de ambulância, pagos

pelo erário público, para o Hospital do Montepio, nas Caldas da Rainha. Portanto, uma total trapalhada e um

total desperdício de dinheiros públicos. Se não fosse a qualidade, o brio e a abnegação dos trabalhadores e

dos recursos humanos do hospital de Alcobaça, aquele hospital, hoje, praticamente, já não servia nenhuma

população.

Mas mais grave do que isto é que foi decidido que os utentes do concelho de Alcobaça faziam

referenciação para o Hospital de Santo André, em Leiria, e neste momento não fazem parte do processo de

reestruturação dos hospitais de Peniche, Caldas e Torres Vedras e também não pertencem ao de Leiria.

Portanto, neste momento, as populações de Alcobaça estão completamente desprotegidas de cuidados

médicos hospitalares. Disse o presidente da câmara, ontem, em declarações: «Ah, eu também não percebo

por que é que isso está assim. O Governo e a câmara já decidiram que é para os doentes e os utentes irem

para o Hospital de Santo André». Portanto, é uma total trapalhada o que se está aqui a constatar.

O que dizemos do nosso projeto de resolução é que é urgente que se faça a referenciação dos utentes dos

concelhos de Alcobaça e Nazaré para o Hospital de Santo André, porque, de outra forma, temos aqui um

grave problema de atendimento e de cuidados de saúde.

Aquilo que o PS exige — e é aquilo que mantém, foi sempre a sua posição — é que haja a manutenção

das valências do hospital das Caldas da Rainha, que, neste momento, estão a ser subtraídas para Loures e

Torres Vedras; que se faça o aproveitamento do hospital de Peniche, como estava previsto, nomeadamente,

do serviço de ortopedia do centro hospitalar, que era para passar todo para Peniche, e a imediata

referenciação dos doentes relativamente ao hospital de Alcobaça.

Este processo do PSD e do CDS é uma autêntica trapalhada, e temos de concluir que o PSD — que é

hegemónico naquela zona — e o CDS não têm peso político para influenciar a decisão do Governo

relativamente a esta matéria.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Já agora, termino dizendo o seguinte: uma vez que ontem foi notícia nacional que os Deputados do PSD,

na comissão, com a presença do Sr. Ministro, passaram o tempo a elogiar o Ministro por medidas falsas que

não tomou,…

Aplausos de Deputados do PS.

… era bom que aproveitassem o tempo para elogiar o Ministro por resolver os problemas concretos que,

neste momento, existem.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira, de Os Verdes.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Creio que não é necessário

grande esforço para se perceber que os motivos que moveram o Governo relativamente à criação do Centro