31 DE MAIO DE 2013
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O Sr. António Prôa (PSD): — Isso é que não é!
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Por isso, não venha agora aqui falar do intermunicipalismo. Aliás, é sobre isto
uma das questões que lhe quero deixar.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr.ª Deputada, faça favor de concluir.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Intermunicipalismo? Com toda a certeza! E pergunto ao Sr. Deputado Miguel Freitas se não entende que,
agora, sim, depois da lei morta, é tempo de debater a sério, e com todos, este problema.
Foco uma última questão: esta decisão não fica por aqui, Srs. Deputados. Esta decisão do Tribunal
Constitucional também põe em causa a própria lei das finanças locais, como iremos ver muito em breve.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Altino
Bessa, do CDS-PP.
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Freitas, hoje trouxe-nos aqui um
exercício legítimo e importante. A questão tem sido centrada no chumbo do Tribunal Constitucional, e parece-
me importante que a analisemos, mas não foi só isso que nos trouxe aqui.
Para dar uma palavra em relação a essa questão, o CDS irá, obviamente, analisar com cuidado a decisão
do Tribunal Constitucional para perceber a necessidade das alterações que é preciso fazer no sentido de ir ao
encontro desta decisão.
Respeitamos as instituições, embora possamos discordar quanto a algumas matérias, que por vezes
também não são consensuais dentro do próprio Tribunal Constitucional — por exemplo, na questão da
delegação de competência, cinco juízes votaram a favor desta proposta -, e por isso teremos de analisar a
decisão com o devido cuidado.
A Sr.ª Helena Pinto (BE): — E oito votaram contra!
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Também a questão do reforço das freguesias não foi tocada nesta lei, o
que é de salientar.
O Sr. Deputado trouxe-nos aqui várias perspetivas da organização territorial do Estado, mas pareceu-me
haver algum saudosismo em relação ao passado, pelo que gostava de lhe fazer algumas perguntas concretas.
Vai o Partido Socialista, num futuro — sabe-se lá bem quando…—, quando, eventualmente, exercer o
poder governativo, recuperar os governos civis?
O Sr. António Prôa (PSD): — Vai, vai!…
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Foi dito aqui que os governos civis acabaram à pressa. Então, queremos
saber: o Partido Socialista quer recuperar os governos civis? O Partido Socialista quer recuperar o refendo ou
quer fazer a regionalização por via administrativa, quando foi chumbada?
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua, pois já esgotou o tempo de
que dispunha.
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Quanto à reforma do Estado, Sr. Deputado, pelos vistos, boas ideias terá o Partido Socialista sobre esta
matéria… É pena que não tenha querido pertencer à comissão para a reforma do Estado que a maioria aqui
quis criar, onde, aí sim, poderíamos debater essas ideias tão boas que, pelos vistos, o PS e o Sr. Deputado
têm.