7 DE JUNHO DE 2013
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anual de cerca de 97% das empresas portuguesas. E é, exatamente, para essas empresas, para as pequenas
e médias empresas, que esta medida de estímulo ao investimento se dirige.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Quantas vão beneficiar?
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais: — Por outro lado, quero dizer-lhe, como aliás já foi
dito, que o Governo considera que a despesa fiscal que esteja associada a esta medida será compensada
com a aceleração da atividade económica, com a aceleração do crescimento económico, com a criação de
mais postos de trabalho e com o aumento do investimento que esta medida irá gerar.
Foi-me perguntado pela Sr.ª Deputada Cecília Meireles relativamente ao carater sem precedentes deste
crédito fiscal ao investimento. De facto, é verdade, não é a primeira vez que é criado um crédito fiscal ao
investimento em Portugal, existiram outros créditos fiscais, no passado, mas nenhum com o impacto e a
dimensão deste.
Quero dizer-lhe, por exemplo, Sr.ª Deputada, que no passado, em 1995, foi criado um crédito fiscal ao
investimento. Esse crédito fiscal ao investimento permitia às empresas que investiam que, a taxa normal, que,
na altura, era de 36%, fosse reduzida a uma taxa efetiva de 31%.
Houve, depois, um crédito fiscal ao investimento em 2000, o qual permitia às empresas que investissem
que a taxa normal passasse de 31% para uma taxa efetiva de 28%. Dando-lhe estes dois exemplos, percebe-
se bem a importância e a dimensão deste crédito fiscal, que o Governo hoje apresenta.
Este crédito fiscal que permite às empresas que invistam em 2013 — refiro-me específica e prioritariamente
às pequenas e médias empresas — a redução da taxa efetiva de IRC de 25% para 7,5%. Esta é uma boa
notícia para Portugal, para os investidores e para a economia. Só os arautos da desgraça é que não
conseguem reconhecer este ponto fundamental.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Queria deixar só mais duas notas. Em primeiro lugar, quero dizer que uma taxa de 7,5% para as empresas
que invistam em Portugal é uma das taxas mais baixas e mais competitivas ao nível da União Europeia, o que
é um sinal de que Portugal está a reforçar a sua competitividade fiscal.
Em segundo lugar, quero dizer que, de facto, o Governo tem também uma estratégia de médio prazo, que
passa por uma reforma profunda e abrangente do IRC, para o transformar num imposto mais moderno, mais
competitivo e mais estável. Para isso é fundamental o consenso, porque é fundamental ultrapassar querelas
partidárias de modo a que esta reforma fundamental, que reforça a competitividade fiscal, perdure no tempo e
ultrapasse legislaturas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sr.ª
Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Srs. Deputados: Regimentalmente, não
tenho direito a responder às perguntas que me são feitas, mas vou aproveitar o uso da palavra para me dirigir
ao Sr. Deputado Paulo Batista Santos.
O Sr. Deputado, como não tem argumentos para rebater aquilo que eu disse, nem sabe do que fala,…
O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — O senhor é que não sabe!
O Sr. Honório Novo (PCP): — … limita-se a atirar areia para os lhos das pessoas. O senhor devia saber
que exista uma figura chamada pagamento por conta.
O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Falei nele!