29 DE JUNHO DE 2013
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O Sr. Jorge Machado (PCP): — Só por três anos!
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social: — Além de mais, está lá dito que
será a concertação social a tomar posição sobre isso. Não vale a pena lançar confusão sobre o que está
escrito no artigo 60.º da lei, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — O senhor é que lançou confusão!
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social: — Relativamente à entrega à
banca, a resposta é não. Só poderá acontecer a entrega da gestão privada destes fundos a alguém se a
concertação social o vier a determinar daqui a três anos e se os senhores, nesta Assembleia da República,
alterarem a lei que está hoje aqui a ser proposta. Portanto, a resposta é «não», «não» e «não».
Por fim, quero recordar que os parceiros sociais estão no conselho de gestão deste fundo, garantindo,
permanentemente, o controlo e a fiscalização do seu funcionamento.
Relativamente às políticas ativas de emprego, Sr. Deputado, não é segredo que este Governo está
empenhadíssimo em lançar, permanentemente, medidas ativas de emprego, que, por tradição, no apoio que
dão aos empregadores, em muito ultrapassam o custo que o empregador terá com este fundo. Não é um
segredo de Estado que as medidas ativas de emprego em muito ultrapassam aquilo que é aqui definido como
1% de contribuição para este fundo.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, aguardamos novas inscrições dos grupos parlamentares.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — A direita nem consegue defender o fundo! Que vergonha!
Pausa.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena André.
A Sr.ª Helena André (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Aquilo
que me apetece começar por dizer é «finalmente!». Finalmente, estamos a discutir, nesta Assembleia da
República, o regime jurídico de compensação dos trabalhadores, em caso de cessação do contrato de
trabalho, ou seja, o tão falado fundo de compensação do trabalho.
O Sr. Nuno Sá (PS): — Até que enfim!
A Sr.ª Helena André (PS): — O Partido Socialista já teve oportunidade de afirmar, muitas vezes, nas
discussões que tivemos nesta Assembleia da República, e em público, que este é um instrumento
indispensável e indissociável das alterações introduzidas ao regime de compensação por cessação do
contrato de trabalho.
Por isso, Srs. Membros do Governo, lamentamos que só agora, com um ano de atraso e somente aquando
da terceira fase de alteração do regime de compensações, com vista ao seu alinhamento com a suposta
média comunitária, o Governo se preocupe em instituir para os trabalhadores a garantia das compensações a
que têm direito por força da cessação do contrato de trabalho.
Aplausos do PS.
Para o Partido Socialista, a simultaneidade entre a entrada em vigor do novo regime de compensações e o
funcionamento do mecanismo de garantia das compensações, constituiu sempre um elemento fundamental
desta reforma. Trata-se de criar as condições que permitam minimizar os prejuízos resultantes do não
pagamento das compensações ou do pagamento das mesmas através de processos judiciais morosos. E