O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

5 DE JULHO DE 2013

33

Cada vez mais portugueses deixam de ter acesso aos cuidados de saúde, porque nem sequer têm dinheiro

para pagar um transporte que os leve ao hospital.

As políticas sociais deste Governo ficam marcadas pela mais completa desresponsabilização do Estado e a

mais importante área, a da saúde, fica marcada por uma política que se resume ao encerramento de serviços

e por um esforço do Governo em transferir os custos da saúde para os utentes. É mais que certo: temos dor,

mas não vamos ter ajustamento.

Os portugueses levam com uma carga fiscal brutal nunca vista, assistem à redução dos seus salários, das

suas reformas e das pensões e veem aumentadas as dificuldades de acesso aos reduzidos apoios sociais.

Mesmo assim, e apesar de todos estes sacrifícios, a dívida aumenta e o défice não para de crescer.

Face a este quadro, e ponderados os sacrifícios e os resultados, é caso para perguntar: o que é que o

Governo tem andado a fazer, para além de semear desemprego e aumentar a dívida pública? Era bom que

isso aqui fosse respondido. Nós não sabemos. O que sabemos é que é mesmo necessário impedir que este

Governo continue a destruir a nossa economia e a empobrecer os portugueses.

É por isso que Os Verdes entendem que não é só a dívida que é insustentável. Este Governo «já era», «já

foi»!

O País e os portugueses precisam de um Governo e não entendem os motivos que levam o Presidente da

República a não fazer uso das suas competências e dos seus poderes constitucionais para devolver a palavra

aos portugueses. Do que os portugueses precisam é de um governo, que não têm agora. Não precisam de

novelas, de birras, de disputa de lugares, de ver quem manda mais, de braços de ferro. Do que os

portugueses precisam mesmo é de um governo a sério!

Aplausos do PCP.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.

A Sr.ª Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Adão Silva (PSD): — Para interpelar a Mesa, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Presidente, pedi a palavra para dizer, porque através do telefone não

fomos suficientemente lestos, que transferimos 4 minutos do nosso tempo para o Sr. Ministro Paulo Macedo

intervir, se entender fazê-lo nesta fase do debate.

A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Ministros, Srs. Secretários de Estado: Começo por

assinalar que o Sr. Secretário de Estado das Finanças pretendeu responder às minhas questões invocando

alguns dados numéricos sem os apresentar nem confirmar. «Palavras, leva-as o vento», Sr. Secretário de

Estado, mas desde já lhe digo que os números que vou citar na minha intervenção são números oficiais do

Governo que o senhor não pode desmentir.

Queria aqui assinalar, em jeito de introito, a fuga do Sr. Ministro da Saúde às questões políticas que lhe

coloquei.

Nada nos disse sobre o rasto da Ministra das Finanças.

O Sr. Ministro da Saúde: — Isso é a propósito do tema?!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Até compreendo, Sr. Ministro. Até compreendo. O senhor é Ministro da

Saúde, não é Ministro da Administração Interna para ter alguém a seguir o rasto da Ministra Maria Luís

Albuquerque. É verdade!