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5 DE JULHO DE 2013

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A Sr.ª Presidente: — Dou agora a palavra, para uma intervenção, ao Sr. Ministro da Saúde, que vai usar

do tempo cedido pelo Grupo Parlamentar do PSD.

O Sr. Honório Novo (PCP): — E vai, com certeza, responder às perguntas a que não respondeu há pouco!

O Sr. Ministro da Saúde: — Sr.ª Presidente: Começo a minha intervenção respondendo ao Sr. Deputado

José Luís Ferreira, embora não sabendo se o Sr. Deputado depois será admoestado porque fez uma pergunta

sobre saúde, o que é uma coisa proibida.

Queria dizer-lhe que, de facto, em termos de saúde, temos mais utentes no Serviço Nacional de Saúde

com mais cirurgias e também com maior acesso ao medicamento.

Tenho pena… aliás, reparo agora que a Sr.ª Deputado Ana Drago regressou à Sala, porque tenho algo que

não poderia dizer se não estivesse presente e assim posso referi-lo.

Em primeiro lugar, devo dizer que ouvir falar a Sr.ª Deputada de humildade é um espanto, nunca tinha

ouvido. Mas, quando a oiço falar de humildade referindo que a Assembleia da República deve ser dissolvida,

que o Governo deve cair e que o Presidente da República deve ser destituído, então, Sr.ª Deputada, está tudo

dito sobre a sua humildade e sobre a postura do Bloco de Esquerda.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Gostava agora de voltar ao debate e que a Sr.ª Deputada me dissesse, se o Bloco de Esquerda diz que

não paga, como é que, a seguir, se vai financiar junto dos credores. E gostaria também que me dissesse quais

são os seus diálogos quando faz uma proposta aos credores. Será que lhes diz «eu não vos pago 50%, mas

eu, Bloco de Esquerda, pelos vários diálogos e os meus muitos argumentos, de certeza que consigo

convencer-vos»? E é claro que os credores internacionais, quando lhes falam em cortar 50% da dívida, porque

é o Bloco de Esquerda a dizê-lo, de certeza vão acatar essa solução…

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aliás, seria bom e seria, inclusive, teoricamente possível, se não tivéssemos de fazer novos pedidos de

financiamento. E nós temos de fazer novos pedidos de financiamento porque — mais uma vez, essa é uma

aritmética de que o Bloco de Esquerda não gosta —, se há défices, se há despesa pública acima da receita

pública, logo há défices, logo há crescimento da dívida acumulada.

O Sr. João Galamba (PS): — Falso! Isso não é verdade!

O Sr. Ministro da Saúde: — É totalmente verdade! Numa situação de crise económica, é totalmente

verdade.

O Sr. João Galamba (PS): — Não é verdade!

O Sr. Ministro da Saúde: — Não vou entrar em diálogo consigo, Sr. Deputado.

Por outro lado, numa situação em que não há crescimento económico, são estes os números…

O Sr. João Galamba (PS): — Ah!

O Sr. Ministro da Saúde: — E de há 13 anos sabe de alguma outra coisa, Sr. Deputado? Há 13 anos!

Ainda se lembra?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.