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I SÉRIE — NÚMERO 1

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quer em relação ao crescimento da economia, quer, sobretudo, em relação ao desemprego, vários meses que

podem — repito, podem — significar uma inversão da tendência.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não podem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O que eu disse aqui, dirigindo-me obviamente a VV. Ex.as

, mas também

aos partidos da maioria e, se quiser, através da comunicação social, ao Governo, foi que me parecia muito

importante que estes pequenos sinais fossem acautelados, protegidos, para que se venham a converter numa

realidade. Foi isso que eu aqui disse. São ainda só sinais. Não venho aqui dizer-vos que está tudo bem,

porque não está. Porém, há pequenos sinais que podem ser positivos. Saibamos nós, maioria, e saibamos

nós, Governo, acautelar esses sinais.

A seguir, disse-lhe aquilo que acho que está a ser bem feito, desse ponto de vista. É evidente que o Sr.

Deputado, por um lado, não quer ver e, por outro, tem uma lógica completamente diferente. Porém, estes

sinais são possíveis.

Aquilo que se passou recentemente na reunião em que teve lugar o debate do estado da União, em que

toda a União, a começar pelos seus responsáveis, sublinhou os sinais positivos de Portugal — …

O Sr. João Oliveira (PCP): — Estranho seria o contrário!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … tirando o Presidente da Comissão, nenhum é português — e a

separação entre a situação irlandesa e portuguesa e a situação da Grécia, só é possível porque a lógica do

protesto pelo protesto, a lógica do rasgar, a lógica do não dialogar que VV. Ex.as

defendiam não foi avante. Se

ela tivesse ido avante, o que teria acontecido hoje é que estaríamos fatalmente num segundo resgate e,

eventualmente, como VV. Ex.as

defenderam (inclusive, recentemente, o vosso Secretário-Geral, na vossa

celebração anual), a sair do euro ou, mesmo, em rutura com a Europa, coisa que nós, nesta bancada e nesta

maioria, não queremos, nem aceitamos.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada Helena Pinto, tem a palavra para uma pergunta.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Telmo Correia, fez bem o Sr. Deputado em, no

início da sua intervenção, relembrar a situação dramática dos fogos e o papel dos bombeiros e das bombeiras

portuguesas neste verão.

Sr. Deputado, gostaria de fazer um curto comentário a essa situação, porque penso que aquilo que

ouvimos e vimos nas televisões interpela todo o País, mas interpela de modo muito especial aqueles e aquelas

que, como nós, são eleitos e têm obrigações políticas.

De muita coisa que vimos, houve uma que me tocou particularmente. Um comandante de uma corporação

de bombeiros que, quando saía do combate a um fogo, disse claramente, perante as câmaras de televisão —

e acredito que o Sr. Deputado também ouviu — o seguinte: «Não nos mandem psicólogos, mandem-nos

máquinas para limpar os matos». Isto interpela-nos a nós e, particularmente, o Governo e o Ministério da

Agricultura.

Esta Assembleia da República tem de assumir as suas responsabilidades e tem de pedir responsabilidades

ao Governo.

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — É uma vergonha!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sem prejuízo…

O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — É uma vergonha!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sem prejuízo…