I SÉRIE — NÚMERO 5
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Mas queremos dizer que é por estas e por outras que encaramos com algum otimismo que no futuro
venham ao encontro, afinal de contas, daquilo que o PCP veio propor e com que hoje dizem discordar e
divergir.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, termino sublinhando apenas, até para registo posterior, que
apresentámos a debate e a votação um projeto de lei que visa alterar a lei da concorrência, para que esta seja
adequada à realidade da nossa economia, no que diz respeito, designadamente, à questão da posição
dominante coletiva com os oligopólios que hoje esmagam a nossa economia e as empresas; à questão da
dependência económica e do abuso dessa posição dominante coletiva ou individual; e a uma outra questão,
que não pode deixar de ser colocada do ponto de vista legislativo, que é a do dumping, a sua proibição e a sua
tipificação legal.
São debates como este, que seguramente terão continuidade no futuro, que aqui assinalamos. E queremos
avançar desde já com propostas concretas, porque, Srs. Deputados, é preciso verificar que quem faz parte do
problema são, de facto, este Governo e esta política e quem apresenta propostas e uma política alternativa é o
PCP!
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Para intervir, pelo CDS-PP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Discutimos hoje, aqui,
questões muito sérias, isto é, discutimos vários projetos que têm a ver com algumas medidas fiscais para
fomentar a economia e o crescimento económico.
E digo que esta questão é muito séria, porque penso que as questões da economia e do crescimento
económico, em qualquer país e em qualquer situação, mas sobretudo em Portugal, considerando a situação
em que estamos, que é muito difícil, devem ser tratadas de forma séria, com responsabilidade e, sobretudo,
com poucas ações, como se costuma dizer, perdoem-me a expressão, «para inglês ver».
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Assim sendo, não deixa de ser curioso que estejamos a discutir
propostas fiscais que, constitucionalmente, só poderiam entrar em vigor, mesmo que fossem todas aprovadas,
com o Orçamento para 2014!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não, com o Orçamento de há dois anos atrás!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Deputado, pode ter calma, estou a falar das propostas do PS.
Mas não deixa de ser curioso que as estejamos a discutir a 12 dias do prazo legal de entrega da proposta
de lei de Orçamento do Estado!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — É já no dia 15!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Mas, pronto, o PS quer marcar posição, quer fazer um «número»…
Acho muito bem, pronto, faz de conta, é o costume!
Protestos do PS.
Em segundo lugar, também não faria aos Srs. Deputados a maldade de perguntar qual é o verdadeiro PS:
se é o PS que negociou a alínea i) do ponto 1.19, que elimina toda e qualquer taxa reduzida de IRC, incluindo
a taxa que agora está a propor,…