O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 7

28

empresários, aos trabalhadores, aos portugueses, que tantos sacrifícios fizeram para conseguirmos chegar a

este ponto e estarmos tão perto do fim do plano de assistência económica e financeira?!

E não somos nós que o dizemos, nem foi V. Ex.ª que o disse; são a OCDE, o Banco de Portugal, no último

relatório divulgado ontem, e o Eurostat que dão nota de um crescimento trimestre após trimestre, mesmo um

crescimento maior do que o da média da Europa a 27 e até da zona euro. Como é possível, pois, ainda assim,

este apoucar do esforço dos portugueses, das empresas e dos trabalhadores?

Como é possível que o bloco à esquerda do Partido Socialista faça uma opção de classe, quando o

Governo, num esforço de solidariedade, pretende tirar àqueles que têm mais um pouco para dar aos que têm

menos ou quase nada?! Nesse caso, a posição do bloco à esquerda do PS é a de estarem contra e acharem

que é errado.

Portanto, diz bem o Sr. Deputado que não podemos contar com a oposição nem com o Partido Socialista

nem com o bloco à esquerda do PS para continuar esse esforço que aqui tão bem retratou e que demonstra

que estamos, de facto, no bom caminho.

As minhas perguntas são muito simples, Sr. Deputado. No fundo, quero perguntar-lhe se, da sua

experiência parlamentar, considera que estas duas avaliações conjuntas, que trouxeram ao espectro

português não a solução, não a resolução de todos os problemas, mas um sinal de esperança que é revisto e

espelhado nos dados que hoje e ontem nos foram dados a conhecer pelo Banco de Portugal, são ou não,

verdadeiramente, um sinal, uma luz ao fundo do túnel. Há ou não, quer seja na produção industrial, quer seja

no indicador de clima de confiança, quer seja no setor automóvel, que, inclusivamente, sei que foi matéria em

que trabalhou com afinco, sinais que nos podem levar a ter alguma esperança?

Quero ainda perguntar-lhe se não considera ser fundamental o maior partido da oposição dar um pequeno

sinal de responsabilidade, um pequeno sinal de opção pelo País, um pequeno sinal de opção pelo esforço dos

portugueses — o que não aconteceu ainda agora na intervenção a que acabámos de assistir —, para que

possamos, em conjunto com os que têm a obrigação de governar o País, uma noção exata de que não

podemos ter as mesmas receitas para resolver problemas do passado.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Batista Santos.

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Sr.ª Presidente, permita-me que, novamente através de V. Ex.ª,

agradeça as palavras que simpaticamente me dirigiu e também, se me permitem, a forma cordial e amiga com

que os colegas que intervieram se dirigiram à minha pessoa.

Começo por me dirigir ao Sr. Deputado Pedro Filipe Soares. Na mesma linha das intervenções dos Srs.

Deputados João Ramos e Rui Paulo Figueiredo, com a lealdade com que sempre travámos os nossos debates

políticos e com que confrontámos as nossas divergências, quero dizer a V. Ex.ª que, relativamente ao

cumprimento das metas que Portugal estabeleceu, é muito importante termos presente que o Programa de

Ajustamento é um Programa dinâmico e que é bom reconhecer que tivemos nove — repito, nove! —

avaliações positivas! E se foram positivas é porque conseguimos cumprir os indicadores e as metas

quantitativas.

Aliás, permitam-me uma comparação simples de perceber, que até se aplica mais ao Sr. Deputado Rui

Paulo Figueiredo — é conhecida a sua simpatia clubística: os senhores, às vezes, parecem aquele adepto que

não gosta do treinador e que prefere que a sua equipa perca para que o treinador seja corrido, que haja a

chicotada psicológica.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Só marcam golos fora da baliza!

O Sr. António Filipe (PCP): — Não tarda nada, estão a correr com o Passos Coelho!

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Não, nós, Grupo Parlamentar do PSD e a maioria queremos que

Portugal vença sempre, em qualquer circunstância. Preferimos que os indicadores sejam positivos. E não há

dúvida nenhuma, Sr. Deputado, acerca do que o Banco de Portugal ainda ontem mesmo disse e que a OCDE