10 DE OUTUBRO DE 2013
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hoje referiu: que no 2.º trimestre deste ano nós estamos a crescer, Sr. Deputado. E crescer é diferente de
regredir.
No 3.º trimestre, os indicadores avançados dão-nos dados positivos relativamente ao nosso desempenho
na economia.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!
O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — E um indicador de relevo que é muito referido, e bem, por VV. Ex.as
,
o do desemprego, também esse fica abaixo do que estava previsto.
São, pois, indicadores que confirmam que Portugal está no rumo certo.
Relativamente ao ajustamento que estamos a fazer, em circunstância alguma, contrariamente ao que, por
vezes, quer a bancada do Partido Socialista, quer as bancadas do PCP e do Bloco de Esquerda dizem, não há
nem nunca houve qualquer risco de espiral recessiva. Portugal está a inverter o ciclo da recessão. Portugal
está a credibilizar-se lá fora. Portugal está a renovar a sua indústria. Portugal e os portugueses estão a
conseguir vencer uma fase difícil.
Termino, Sr.ª Presidente, com uma mensagem que considero, essa sim, nos une a todos nós: mais
relevante do que evidenciarmos, naturalmente, as nossas evidências, que se irão sempre manter, é todos
podermos, em algum momento, sinalizar o que está a correr bem. E há matérias, Srs. Deputados — como
disse o Sr. Deputado Hélder Amaral, a quem também agradeço as palavras que me dirigiu —, em que,
indiscutivelmente, o Portugal que hoje conhecemos está bem melhor do que aquilo que herdámos em 2011. O
Portugal de hoje tem esperança para o futuro, o Portugal de hoje tem credibilidade lá fora, o Portugal de hoje
estará em condições, seguramente em junho do próximo ano, de voltar aos mercados internacionais. Isso, Srs.
Deputados, faz toda a diferença: a de um País falido, de um País na bancarrota para um País que pode voltar
a funcionar.
É essa a garantia que esta maioria quer dar aos Deputados e aos portugueses e é essa garantia, Sr.
Deputado Rui Paulo Figueiredo, que eu também irei dar aos meus munícipes, que é a de governar para o bem
deles e com contas equilibradas, que é isso que é muito importante para o País, seja na administração central,
seja na administração local.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, mais uma vez, desejo-lhe muitas felicidades no
desempenho das suas novas funções.
Para uma declaração política, tem agora a palavra o Sr. Deputado Vieira da Silva.
O Sr. Vieira da Silva (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Depois de dois anos de falhanços e
de obstinação numa política desastrosa, o Governo vai lançar mão de mais uma medida política e socialmente
inaceitável e economicamente errada.
O Governo de Paulo Portas e Passos Coelho pretende cortar o valor nominal de pensões já atribuídas.
Para já — aguardemos pela próxima semana para saber mais —, por duas vias: reduzindo as reformas de
centenas de milhares de aposentados da Administração Pública e cortando nas pensões de sobrevivência.
São medidas politicamente inaceitáveis, porque não correspondem a nenhum compromisso eleitoral dos
partidos da maioria, porque não correspondem a nenhum compromisso dos muitos que Portugal assumiu
quando, em maio de 2011, assinou com a troica os termos do Memorando de assistência financeira a
Portugal.
Os cortes nas pensões foram até solene e enfaticamente rejeitados pelo então candidato a Primeiro-
Ministro Passos Coelho.
Aplausos do PS.