I SÉRIE — NÚMERO 13
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Poderá utilizá-lo abundantemente, mas quando o fizer não se esqueça que essa reforma já se iniciou há
dois anos e meio…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … e tem prosseguido intensamente, como se observa agora na área da
justiça,…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — … que é uma área de soberania muito importante das políticas públicas e que
tem vindo a ser amplamente reformada.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra, pelo CDS-PP, o Sr. Deputado Nuno Magalhães.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, ainda não foi hoje que
assistimos a um dia histórico nesta Casa. O Sr. Primeiro-Ministro bem tentou, mas ainda não foi desta que
conhecemos uma medida de redução da despesa proposta pelo maior partido da oposição.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ainda não foi desta que o Sr. Deputado António José Seguro
conseguiu apontar uma alternativa, uma medida de redução efetiva de despesa. Ainda não foi desta!
Mas há uma coisa em que o Sr. Deputado António José Seguro tem razão. Há uma questão que o Sr.
Deputado levantou que é da maior importância, porque tem a ver com a qualidade da democracia, que se
avalia também pela qualidade da alternativa. E a qualidade da alternativa está no maior partido da oposição.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, quem, liderando o maior partido da oposição,
deliberadamente confunde, pretendendo confundir, mantém a confusão entre aquilo que é um programa
cautelar e um segundo resgate, não está preparado para ser alternativa nem para ser candidato a Primeiro-
Ministro.
Aplausos do CDS-PP.
As pessoas percebem que um programa cautelar, que é o que irá acontecer à Irlanda, irá acontecer porque
aquele país cumpriu com as suas metas. Um segundo resgaste, Sr. Deputado, é aquilo que aconteceu com a
Grécia e é aquilo que aconteceria com Portugal se este Governo seguisse a estratégia que V. Ex.ª, Sr.
Deputado António José Seguro, tantas vezes aqui propôs.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E os portugueses percebem isto. Não vale a pena confundir, não
vale a pena, por uma mera questão eleitoral ou de discurso político, estar a criar medo e receios nas pessoas
que não se justificam.
De resto, o que foi dito foi muito claro e já foi dito pelo Governador do Banco de Portugal, e até pelo Sr.
Presidente da República, quando convocou os vários partidos para um acordo para o pós-troica, que
necessitava de ser pensado e bem.