25 DE OUTUBRO DE 2013
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Foi possível tudo isso, Sr.ª Deputada, em diálogo, em cooperação, entendendo as dificuldades dos
bombeiros, mas não deixando de olhar, evidentemente, para as limitações que temos neste momento. Apesar
de tudo, Sr.ª Deputada, reconheça-se que o investimento que foi feito na área da proteção civil não decresceu,
pelo contrário, subiu, o esforço que o Ministério da Administração Interna fez no sentido de aumentar os
recursos das corporações dos bombeiros cresceu.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Se a Sr.ª Deputada me perguntar se, em todas as
corporações, chegou para tudo, não, com certeza, mas reconheça-se, ao menos, um esforço muito
significativo que fizemos nesta prioridade do Ministério da Administração Interna.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada Cecília Honório, tem a palavra para replicar.
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Administração Interna, os comandos de
agrupamento distrital são uma nova estrutura de coordenação e reconheço que não deu aqui garantias
absolutas de que não houve qualquer problema na articulação com os CODIS.
A segunda constatação tem a ver com o facto de ter começado agora a conversar sobre seguros. Não nos
diz nada sobre o reconhecimento da atividade dos bombeiros como uma atividade de desgaste rápido. E
pergunto-lhe se, com essa disponibilidade total que aqui anunciou, está também disponível para reconsiderar
os custos com material específico para os bombeiros, nomeadamente se é capaz de reconhecer que um par
de botas ajustado a esta atividade não custa 47 €, mas, no mínimo, 130 €.
Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Ministro da Administração Interna, tem a palavra para responder.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Cecília Honório, sobre os
custos com material específico, quero apenas dizer-lhe o seguinte: conforme já referi, está em curso, desde
março deste ano — quem está na liderança deste processo são as diversas CIM e umas estão mais
avançadas do que outras —, a aquisição de equipamento, no montante global de 5 milhões de euros, para
equipar os bombeiros, em termos individuais.
A Sr.ª Deputada há de compreender que o Ministro da Administração Interna não conhece as
especificações técnicas do equipamento. Agora, o que lhe quero dizer é que isso foi definido pela estrutura da
Autoridade Nacional de Proteção Civil e aprovado em Conselho Nacional de Bombeiros, pelo que se comprará
de acordo com o caderno de encargos e as especificações técnicas que foram tecnicamente definidas. Não é
o Ministro que sabe qual é a especificação técnica das botas, etc. Gostava de saber, mas não sei, não tenho
competência para isso, peço desculpa. E não sei se a Sr.ª Deputada sabe!? Eu não sei, não tenho qualquer
problema em dizê-lo, mas também não tenho de saber, tenho é de ter confiança naqueles que determinam
tecnicamente esse tipo de especificações.
Em relação ao resto, Sr.ª Deputada, ouvimos tudo, estamos a ponderar sobre tudo, estamos a trabalhar
sobre tudo, sendo que não vou cometer o mesmo erro que, muitas vezes, comete, que é o de dizer o seguinte:
«Como os seguros têm a ver com as autarquias locais, o Ministro não se importa nada de aumentar os
seguros para os bombeiros». Quero aumentá-los, mas é preciso encontrar, em conjunto com as autarquias
locais, um quadro razoável que o permita fazer. Penso que é possível, mas a Sr.ª Deputada há de reconhecer
que, em relação a esta matéria, que se colocou este ano com particular acuidade, teve de se fazer um
compasso de espera, na medida em que tivemos eleições autárquicas e o interlocutor é a Associação
Nacional de Municípios Portugueses, com quem temos de falar sobre o assunto. Mas, efetivamente, quero
aumentar esses seguros e, por aquilo que tenho ouvido pelo País, muitos presidentes de câmara municipal
estão dispostos a fazê-lo, sendo possível encontrar mecanismos que embarateçam, de um ponto de vista