I SÉRIE — NÚMERO 14
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A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado…
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É absolutamente lamentável!
Deixarei para a réplica as restantes questões.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — As bancadas parlamentares reivindicam, com razão, o problema de a Mesa não
controlar com mais rigor o tempo.
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Exatamente, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Por isso, pedia a todos os intervenientes o favor de respeitarem o tempo o mais
possível.
Sr. Ministro da Administração Interna, tem a palavra para responder.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Telmo Correia, queria
agradecer as questões que me colocou anotando que percorreu três matérias relevantes que, de facto, ainda
não tinham trazido a este debate, muito embora tenha ouvido nas televisões que alguém me ia chamar aqui
para responder sobre o processo eleitoral. Mas registo que, afinal, foi o CDS que pegou na questão.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr. Deputado, começo pela questão do processo eleitoral,
que consumiu, e a título justo, muitas preocupações de muitos Srs. Deputados nesta Câmara, de muitos meios
de comunicação social a determinada altura do processo e, em geral, dos órgãos que tinham a ver com esta
matéria, mas que foi ultrapassado em geral — julgo que se pode dizer assim — sem qualquer problema de
registo.
Chamo a atenção para o facto de este processo eleitoral ter tido especiais dificuldades: houve a agregação
de mais de 1000 freguesias; mais de meia centena de freguesias viram os seus limites administrativos
alterados, o que implicou fazer com que eleitores transitassem de uma freguesia para outra freguesia; houve
que fazer a compaginação de limites administrativos com os códigos postais porque, como sabem, a área de
recenseamento de quem tem cartão de eleitor é determinada em função do código postal. Portanto, as
complexidades desta eleição, do ponto de vista técnico, eram, ninguém pode recusar, imensas.
Srs. Deputados, nesta ocasião quero dizer, porque é absolutamente justo fazê-lo — não vou,
evidentemente, elogiar o Governo, porque isso seria despropositado —, que tivemos uma administração
eleitoral que fez um trabalho magnífico, em colaboração com muitas entidades, nomeadamente com a
Universidade do Minho, que, de resto, noutros atos eleitorais colaborou com a administração eleitoral, e que
soube antecipar, prevenir e resolver um conjunto imenso de problemas que tínhamos pela frente de modo a
que o processo eleitoral corresse, como correu, bem. Isso é importante para a democracia. Não é importante
para o Governo, é importante para o País. E julgo que todos podemos e devemos congratular-nos com isso.
Srs. Deputados, ainda em relação a esta matéria, na véspera das eleições, houve uma afirmação minha
que causou algum sururu. Quando eu disse: «Não esperem nos primeiros minutos pelos resultados eleitorais
com a mesma velocidade que era suposto existir anteriormente», fi-lo por uma razão simples, Srs. Deputados:
é que, em geral, as freguesias mais pequenas, que eram aquelas que entravam primeiro com resultados
eleitorais, foram agregadas e, tendo sido agregadas, desta vez era preciso fazer mais uma operação, que era
juntar os resultados dessas freguesias com os das outras com as quais tinham sido agregadas, para depois
introduzir no sistema o resultado final que determinava a atribuição dos mandatos.
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Ministro.