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25 DE OUTUBRO DE 2013

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O Sr. Ministro da Administração Interna: — Portanto, Sr. Deputado, cumprimentando a administração

eleitoral por aquilo que fez, queria dizer que, em geral, o sistema correu bem, sem qualquer problema de maior

e muito longe dos problemas que tivemos numa célebre eleição presidencial em que milhares de cidadãos se

viram, na prática, impedidos de votar. Agora, isso não aconteceu.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Os sistemas de informação responderam e tudo funcionou como deveria funcionar, graças ao trabalho de

muitas pessoas, homens e mulheres, que se empenharam a fundo para que isto tivesse bons resultados, sob

a coordenação — também não quero deixar de o dizer — do nosso Secretário de Estado da Administração

Interna.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Telmo Correia, tem a palavra para replicar.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, em primeiro lugar, queria pedir-lhe mais uma tolerância

de 15 segundos para lhe dizer que a partir do momento em que me chamou à atenção, procurei abreviar o que

era possível. De facto, à medida que ia falando não estava ao olhar para o relógio, mas procurei logo abreviar

e pedi desculpa por isso.

Sr. Ministro da Administração Interna, agradeço, obviamente, os seus esclarecimentos.

Queria dizer-lhe, complementarmente, o seguinte: pegando na matéria dos incêndios, tivemos algumas

dúvidas e divergências sobre os procedimentos a realizar, designadamente em termos de tutela entre a GNR e

o Ministério Público, no que respeita à entrega dos detidos. Porque a parte criminal também é importante,

quero perguntar-lhe se esses problemas estão ou não ultrapassados.

A terminar e abreviando, queria ainda referir, em termos de criminalidade, uma questão central. Vamos

discutir, em breve, um Orçamento do Estado que é, obviamente, de exigência e de rigor. Existe — e é uma

preocupação muito cara ao CDS, desde sempre — a questão dos efetivos nas forças de segurança e a sua

própria renovação.

Sobre a questão do equilíbrio entre a GNR, a PSP e, eventualmente, a Brigada de Trânsito, mas,

sobretudo, sobre a renovação dos efetivos nas forças de segurança e até a manutenção dos postos nas forças

de segurança, queria saber se o Ministro nos pode dar ou não a garantia — e discutiremos esta matéria

quando apreciarmos o Orçamento — de que este Orçamento de exigência e de rigor não comprometerá, de

forma alguma, a capacidade operacional seja das forças de segurança, seja da proteção civil.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Ministro da Administração Interna, tem a palavra para responder.

O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Telmo Correia, não queria

deixar de abordar um tema anterior sobre o qual o Sr. Deputado Telmo Correia falou, que é o da criminalidade.

Sem embandeirar em arco, pois nunca fiz propaganda destes números, ninguém me viu fazer qualquer

festa com os números da criminalidade (sei bem que estamos a falar de criminalidade participada), peço aos

Srs. Deputados que atentem nestes números. O facto de ser criminalidade participada pode ser relevante,

sobretudo, nas taxas ou nos índices daquilo que chamamos «criminalidade geral», mas para a criminalidade

violenta e grave já não é assim.

Quero dizer aos Srs. Deputados que o decréscimo que hoje se regista em Portugal — foram agora

apurados os resultados respeitantes ao primeiro semestre — é de 7,8%, a que correspondem menos 854

casos de criminalidade violenta e grave.

A criminalidade violenta e grave, como é de perceção intuitiva, tem um menor desvio em relação à

realidade da criminalidade do que aquilo que acontece na criminalidade geral, digamos assim.