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25 DE OUTUBRO DE 2013

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O Sr. João Oliveira (PCP): — O encerramento de um posto não faz sentido?

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, pelos vistos, os conselhos de ministros estão

a correr mal. Nós percebemos o seu nervosismo, mas queríamos devolver tranquilidade a este debate.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Este debate precisa mesmo de tranquilidade, Sr. Ministro.

Nós constatamos que nem o PSD nem o CDS queriam, verdadeiramente, discutir consigo o problema dos

incêndios deste verão.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade! Bem visto!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Mas entendo que o Sr. Ministro o queira fazer e que está disponível para

levar a sério este debate.

Começou por nos dizer que as questões climatéricas tinham sido determinantes, mas já assumiu que não

era, necessariamente, o único fator. Tem dito que o DECIF (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios

Florestais) é o mais robusto de todos os tempos e ainda agora o Sr. Secretário de Estado apontou a utilização

dos meios aéreos nos combates aos incêndios deste verão.

Sr. Ministro, quero perguntar-lhe se tem alguma ideia do que correu mal. O Sr. Ministro sabe o que correu

mal? É que no próximo ano não podemos voltar a ter as mesmas perdas humanas, nem sequer as mesmas

perdas materiais.

Vou falar-lhe de duas questões concretas, tendo a primeira a ver com as botas dos bombeiros. Sr. Ministro,

não lhe perguntei se sabia qual era o número específico ou se, porventura, as tinha calçado. A pergunta não

era essa, mas sim a de o Sr. Ministro reconhecer que a verba prevista pelo seu Governo para a aquisição

destas botas foi manifestamente insuficiente. O Governo atribuiu 47 € para umas botas, quando elas custam,

no mínimo, e com muita sorte, 130 €. Sr. Ministro, é que eu não gostaria de lhe lembrar este argumento

quando soubermos o número de bombeiros com os pés queimados nestes incêndios deste verão. Não

gostaria de relembrar esta questão.

E, Sr. Ministro, tomara que a Autoridade Nacional de Proteção Civil tivesse, nesta matéria da aquisição de

material, a importância que, de facto, devia ter, tal como no debate sobre a alteração do modelo de seguro!

Tomara que a Autoridade Nacional da Proteção Civil tivesse essa importância e essa capacidade reguladora!

A minha segunda e última questão tem a ver com a EMA (Empresa de Meios Aéreos, SA): o Sr. Ministro

não respondeu à questão sobre os trabalhadores, não aceita que a EMA foi um desastre. Talvez pudesse

reconhecer que há um Kamov que ainda está à espera que alguém lhe pegue. E tem 15 trabalhadores que

continuam sem saber qual é o seu destino e sem ter quaisquer garantias de integração nas outras empresas.

Responda-me, Sr. Ministro.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr.ª Presidente, se me permite, e se a Sr.ª Deputada não

levar a mal, responderei às duas últimas questões e o Sr. Secretário de Estado responderá à primeira questão,

que tem a ver com o DECIF.

Sobre a questão do equipamento individual de bombeiros, Sr.ª Deputada, vamos ver se nos entendemos. A

decisão do Ministro foi a de alocar cinco milhões de euros para a compra de equipamento individual. O

Ministro não disse que se gastava um milhão em botas, três milhões em casacos, dois milhões em calças,

quatro milhões em cintos! Nem tenho de dizer.