O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

25 DE OUTUBRO DE 2013

69

serviço postal universal e, na nossa opinião, é um pouco irrelevante saber quem é que o presta, deve é exigir-

se uma boa regulação do setor.

Este é um papel a que nós, no Grupo Parlamentar do PSD, vamos estar a atentos e fiscalizar. E não só

quando os assuntos são trazidos à Assembleia ou quando são tema de alguma proposta de lei, porque é

importante estarmos sempre atentos.

É importante também referir que o Governo, nesta proposta de lei, reforça o papel do regulador. Os CTT

são uma atividade que está, e bem, sujeita a regulação do Estado e o que se está aqui a discutir não é a

privatização do regulador. O que se está aqui a discutir é a privatização da empresa.

Vozes do PCP: — Ah!

O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — É uma das matérias que também estamos aqui a discutir.

Há acordos feitos com o Estado para cumprir os níveis de serviço e de capacidade de rede, que são

fiscalizados pelo supervisor.

O Governo, através da ANACOM, define o serviço universal que garante a prestação de serviços postais

considerados indispensáveis a toda a população e nós, no Parlamento, devemos também estar atentos e

fiscalizar.

Não temos complexos com as privatizações, não somos daqueles que acham que só o Estado é que sabe

fazer bem.

A título de exemplo, a privatização das telecomunicações constituiu um benefício para os portugueses.

Num setor totalmente privatizado e liberalizado como o das telecomunicações, os consumidores têm hoje mais

serviços disponíveis e a preços mais baixos por minuto em relação a 1995 ou a 2000.

O certo é que, apesar da privatização, de que se está também a falar, os CTT vão manter o serviço

universal postal. Para tal, o Executivo já assegurou que estão definidas as condições para salvaguardar o

interesse nacional. Os correios vão continuar, por exemplo, a serem responsáveis pelo pagamento de

pensões.

É importante levantarmos algumas questões.

Foi este Governo que decidiu liberalizar os serviços postais ou a liberalização decorre de uma diretiva ou

do facto de Portugal integrar a União Europeia?!

Foi este Governo que decidiu privatizar os serviços postais ou essa foi uma imposição que, aliás, consta do

Memorando da troica?!

E a proposta de lei que agora apreciamos vem ou não reforçar as garantias dos consumidores e também

os poderes do regulador?!

O Bloco de Esquerda pensa que os correios ou o Governo português podiam evitar a obrigação de

proceder à liberalização a realizar pelo facto de pertencermos à União Europeia. Penso que este é um

daqueles casos em que contra factos não há argumentos!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado das

Infraestruturas, Transportes e Comunicações.

O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações: — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Volto a não resistir a usar da palavra dada a intervenção do Deputado Paulo Campos.

O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Pois, é irresistível!

O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações: — É que não resisto

mesmo!

O Sr. Deputado Paulo Campos disse nesta Câmara que os CTT têm 300 milhões de euros de liquidez e

sugeriu que nós rapássemos essa liquidez e a abatêssemos ao défice, esquecendo-se que nos CTT se

vendem seguros cujo dinheiro é de quem os subscreve, que se vendem certificados de aforro cujo dinheiro é