25 DE OUTUBRO DE 2013
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serviço postal universal e, na nossa opinião, é um pouco irrelevante saber quem é que o presta, deve é exigir-
se uma boa regulação do setor.
Este é um papel a que nós, no Grupo Parlamentar do PSD, vamos estar a atentos e fiscalizar. E não só
quando os assuntos são trazidos à Assembleia ou quando são tema de alguma proposta de lei, porque é
importante estarmos sempre atentos.
É importante também referir que o Governo, nesta proposta de lei, reforça o papel do regulador. Os CTT
são uma atividade que está, e bem, sujeita a regulação do Estado e o que se está aqui a discutir não é a
privatização do regulador. O que se está aqui a discutir é a privatização da empresa.
Vozes do PCP: — Ah!
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — É uma das matérias que também estamos aqui a discutir.
Há acordos feitos com o Estado para cumprir os níveis de serviço e de capacidade de rede, que são
fiscalizados pelo supervisor.
O Governo, através da ANACOM, define o serviço universal que garante a prestação de serviços postais
considerados indispensáveis a toda a população e nós, no Parlamento, devemos também estar atentos e
fiscalizar.
Não temos complexos com as privatizações, não somos daqueles que acham que só o Estado é que sabe
fazer bem.
A título de exemplo, a privatização das telecomunicações constituiu um benefício para os portugueses.
Num setor totalmente privatizado e liberalizado como o das telecomunicações, os consumidores têm hoje mais
serviços disponíveis e a preços mais baixos por minuto em relação a 1995 ou a 2000.
O certo é que, apesar da privatização, de que se está também a falar, os CTT vão manter o serviço
universal postal. Para tal, o Executivo já assegurou que estão definidas as condições para salvaguardar o
interesse nacional. Os correios vão continuar, por exemplo, a serem responsáveis pelo pagamento de
pensões.
É importante levantarmos algumas questões.
Foi este Governo que decidiu liberalizar os serviços postais ou a liberalização decorre de uma diretiva ou
do facto de Portugal integrar a União Europeia?!
Foi este Governo que decidiu privatizar os serviços postais ou essa foi uma imposição que, aliás, consta do
Memorando da troica?!
E a proposta de lei que agora apreciamos vem ou não reforçar as garantias dos consumidores e também
os poderes do regulador?!
O Bloco de Esquerda pensa que os correios ou o Governo português podiam evitar a obrigação de
proceder à liberalização a realizar pelo facto de pertencermos à União Europeia. Penso que este é um
daqueles casos em que contra factos não há argumentos!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado das
Infraestruturas, Transportes e Comunicações.
O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações: — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Volto a não resistir a usar da palavra dada a intervenção do Deputado Paulo Campos.
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Pois, é irresistível!
O Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações: — É que não resisto
mesmo!
O Sr. Deputado Paulo Campos disse nesta Câmara que os CTT têm 300 milhões de euros de liquidez e
sugeriu que nós rapássemos essa liquidez e a abatêssemos ao défice, esquecendo-se que nos CTT se
vendem seguros cujo dinheiro é de quem os subscreve, que se vendem certificados de aforro cujo dinheiro é